01 fevereiro 2011

Flor sem essência.


E agora mulher?
Os anos passaram...
Os flertes terminaram.
Seu corpo não é mais esbelto.
E você não é mais quem era.

E agora mulher?
A sua beleza mortal a muito se foi.
Sua pele não é mais macia.
E o seu sorriso não chega nem a sombra
Do que um dia já foi.

E agora mulher? E agora?
Que seus decotes não abrem mais portas.
Com antes abria.
E que o seu olhar não mais conquista,
Pois perdeu o brilho que existia.

E agora mulher? Cadê?
Aonde anda aquela exuberância
E toda aquela galhardia daqueles dias?
Onde anda aquela arrogância
Que você gratuitamente distribuía por aonde ia?
Me responda! Cadê tudo aquilo?

E agora? De que valeram aquelas coisas?
A velhice chegou de mansinho.
O seu viço se foi indo.
E não lhe sobrou nada,
Além da sua penúria de caráter.

E agora? E agora? E agora mulher?
Tenho pena de você.
Saiba que é triste ver uma flor murchar.
Não ter essência quando a beleza abandonar.
E ir terminar onde você terminou.
Que pena mulher... Que pena!

Dom Juan Ricthelly. Brazlândia-DF, 2011.

2 comentários:

  1. Profuuuuuuuuuuuuundu =/doeu um pokinhu em mim =/

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  2. Acredito que você tem essência, então esse poema de forma alguma seria pra você. Ele é pra todas as pessoas - não só as mulheres - que são lindas e apenas isso, e que esquecem que a beleza é passageira.

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