28 junho 2011

Músicas que falam por mim: Eu não quero brigar mais não

Um dia desses cantei essa música pra ela num karaokê, acredito que ela gostou.


Composição: Frejat / Black Alien

Eu amo o cheiro do seu cabelo
Eu amo o nosso amor assim
Sem dor de cotovelo

Vamos pra bem longe daqui
O vira-lata e a gata
Meu bem
Pode levar o novelo

O nosso amor não é só de pele
E de pêlo
Se quiser ter um neném
Tudo bem, vamos tê-lo

O nosso amor vai da água pro vinho
Às vezes é feito baixinho
Às vezes acorda o vizinho
Penso em você
O meu coração se aquece
Penso em nós dois
E as peripécias da espécie

Esquece a nossa última briga
Lembra o primeiro beijo
E ouça essa cantiga

Eu não quero brigar mais não
Eu quero você toda pra mim
Vou começar pedindo a tua mão

Você é aquela que o meu coração habita
Única e favorita
Estrela da minha vida
E da minha escrita

Eu fico sorrindo de orelha a orelha
Você com a pele bonita
Que fica sempre vermelha
Quando eu te amo de forma infinita
Somos Bambam e Pedrita

Eu não quero brigar mais não
Eu quero você toda pra mim
Vou começar pedindo a tua mão

Eu quero uma mulher normal
Do povo
Não quero uma mulher global de novo
Quero uma mulher que me ame no natal
E no ano novo

Amor no caviar
No pão com ovo
Namoro num Fusquinha ou num Volvo
Quero uma mulher que me ame no natal
E no ano novo

Eu não quero brigar mais não
Eu quero você toda pra mim
Vou começar pedindo a tua mão

Hoje

            Hoje sinto o meu coração em chamas e minha alma em brasa,
Sinto achar que uma mulher é a razão do meu viver e que sem ela minha vida é incompleta,
Sinto meus batimentos acelerarem e as minhas idéias confusas quando estou perto dela,
Chego a me achar louco e até a acreditar que vou explodir de paixão a qualquer momento,
Sinto o cheiro do seu cabelo quando fecho os olhos e penso nela por um breve instante que parece ser tão real quanto à realidade,
Sinto a minha pele arrepiar quando a abraço e os meus olhos brilharem quando a vejo,
Penso nela em cada segundo do meu dia e sonho com ela todas as noites,
Lembro dos beijos que nos demos e desejo todos os outros que ainda teremos,
            Chego a sorrir ao ouvir a sua voz ao telefone e a me sentir o máximo quando a faço gargalhar por qualquer idiotice.
            Hoje dói imaginar a minha história sem ela, mas dói em dobro imaginá-la sem mim.
            Hoje não me vejo com outra pessoa e não tenho olhos para outras, pois meu coração não tem mais espaço pra outra mulher.
            Hoje a amo mais do que a amei ontem, e muito menos do que a amarei a amanhã.

Dom Juan Ricthelly, Gama-DF, 2011.

27 junho 2011

Divagação Monologa.

Costumo fechar meus olhos quando estou só, me sento em algum lugar onde o vento possa me tocar com sua brisa que vem de longe.
Coloco alguma canção para tocar em meu rádio e me perco momentaneamente em épocas passadas que lamento não ter vivido, e fico a imaginar se daqui à muitos anos outro jovem neurótico como eu se lamentará por não ter vivido em minha época, sei lá... Duvido muito, mas tudo é possível.
Olho o céu e suas nuvens que vagam, se constituem e se desfazem numa jornada cíclica sem fim desde qualquer momento desde que o mundo é mundo. Me perco na imensidão celeste e me impressiono com o fato de nunca me acostumar a sua beleza colossal, e me sinto bem por isso, pois sei que no dia em que a vida e o mundo não me encantarem mais será porque eu terei me tornado um verdadeiro idiota cego pro que realmente importa. Pois é, podem me chamar de tolo por isso, mas fico boquiaberto com uma bela noite de luar, com o crepúsculo, com a aurora e as estrelas e me orgulho disso.
Fico em silêncio profundo olho pra tudo o que meus olhos conseguem alcançar e frustradamente tento ver além do que sou realmente capaz. Me canso desse olhar panorâmico e tento algo mais introspectivo, olho pra dentro de mim e me faço as mesmas perguntas que muitos fizeram antes de mim sobre a vida, o homem, o universo e tudo o mais. Começo com um filosófico “Que porra é essa?!”, depois migro pra um “O que diabos eu vim fazer aqui?”, e continuo com um “Qual o sentido disso tudo?” e fico com ódio de saber que sou incapaz de responder a qualquer uma dessas perguntas e tantas outras que me faço constantemente. Vejo que essas dúvidas são capazes de me enlouquecer e tento ocultá-las, mas não consigo pois é da minha natureza humana buscar respostas para o que não entendo e talvez jamais vá entender.
E enfim chego a uma conclusão de que a vida não é algo pra se compreender, pois ela é como uma brincadeira que nos diverte por um bom tempo sem que entendamos de fato do que estamos brincando, pois caso isso acontecesse,  a brincadeira perderia toda a graças que consiste justamente em não ser entendida como uma fórmula matemática, mas sim em ser vivida como um presente do Ser que nos fez, por algum motivo muito além das nossa compreensão.
P.S: Esse último parágrafo ficou meio filosófico, mas o foda é que hora ou outra me pego novamente me perguntando sem perceber: “Mas que porra é essa mesmo?”