15 maio 2010

Poema: Transporte Público Coletivo.

Espero horas pelos ônibus... Por sorte minutos
E vou em pé do embarque ao destino, Alguém às vezes segura minha mochila
E quando vou sentado seguro a bolsa de alguém
Enquanto cochilo.
O barulho do motor é alto e ensurdecedor
Pessoas conversam sobre sexo, futebol e amor.
Aparece alguém pedindo esmola
E sempre tem alguém que dá esmola.
A estrada é acidentada e de vez em quando ocorrem acidentes
Carros, motos, caminhões e ônibus cheios de gente.
A viajem é longa, cansativa e chata,
Os engarrafamentos são grandes e muita gente se atrasa,
Algum infeliz ouve músicas no alto falante do celular
Incomodando a todos com a exceção de si mesmo,
Mas ninguém reclama.
O ônibus sacoleja, o vidro bate repetidamente na janela.
Às vezes até se estilhaçar em cima de quem senta no lado da janela,
Sacode tanto que alguns órgãos se agitam dentro do corpo.

Algumas pessoas fedem,
Outras são cheirosas e algumas esfregam seus genitais
Em quem senta na cadeira do corredor.
Algumas mulheres encostam a cabeça no vidro para dormir
E deixam uma marca devido ao creme de cabelo.
Jovens sentam no lugar reservado aos idosos
E continuam por lá até mesmo quando tem idoso de pé.
Alguém puxa a cordinha ou aperta um botão dando o sinal
Acendendo uma luz e soando um bip.
O motorista freia bruscamente jogando todos para frente
E sua mãe é chingada por muita gente.
O cobrador dá duas batidas na bancada
Avisando que alguém desceu.
As pessoas vão descendo em seus pontos
Quem estava de pé vai se sentando
E o ônibus vai se esvaziando
Até o último passageiro
Indo até o ponto final.
E tudo termina e começa novamente
Demora, mochila, engarrafamento, atrasos e muita gente.

P.S.: “Na vida todos são passageiros, exceto o cobrador e o motorista”.

Dom Juan Ricthelly.

Gama, 2010.

3 comentários:

  1. Adorei! hehe Engraçado como vc conseguiu descrever tudo msm...Ê Mestre!
    by: Amanda

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  2. Não serviu pra nada, não é legal e nem engraçado!
    Que BOSTA
    BOSTA!

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  3. Adorei seu texto ... vou apresentá-lo aos meus alunos de oitavo ano ... quem sabe ele não vira uma encenação teatral em nossa escola ... eu te conto!

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