13 setembro 2011

Frase

"A árvore quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira." Provérbio árabe

My Bands: Toquinho

Lost.

Ás vezes fico desorientado, perco totalmente a direção
Norte... Sul... Leste... E oeste.
Se tornam meras palavras sem sentido.
Rosa dos Ventos? Não faço idéia do que seja isso.
E acabo ficando sem saber aonde ir.

Me perco no caminho pra casa,
A vida vira uma encruzilhada
Com tantos caminhos que fico confuso.
Me perco numa imensidão de estrada,
Que não possui placas ou qualquer coisa
Que diga onde aquilo vai dar.

Então só sei caminhar de forma errante,
Olho pro lado e vejo que você está comigo
E aí nada mais me importa
Me esqueço completamente das estradas e encruzilhadas,
De todos os cominhos e de qualquer destino.

Nada disso importa mais pra mim,
Nem mesmo as ruas que a vida me levará,
Nem mesmo os lugares que ainda vou estar,
Ou mesmo aonde quer que eu vá...
Desde que eu vá com você meu amor.

Dom Juan Ricthelly, Brasília, 2011.

12 setembro 2011

Com você.

Com você tudo fica engraçado,
O crepúsculo é fantástico,
Uma noite de luar um espetáculo
E aurora nunca me pareceu tão surreal.

Uma Coca-Cola é um brinde a nós dois
Uma canção de amor qualquer se torna única
Uma troca de olhares entre nós um diálogo
E um mero poema é como um recital.
                                        
Com você ao meu lado, fico inebriado
Horas são como instantes
O agora domina o antes
E nenhum segundo é banal

Quilômetros são como metros
O longe nunca foi tão perto
O chato se torna suportável
E nada mais é igual

Com você o simples fica melhor
O tempo voa como o pó ao vento
Um beijo se torna cena de cinema
E a vida muito mais que um vão momento.

Dom Juan Ricthelly, Brasília – 2011.

01 setembro 2011

10 coisas que odeio em você

“Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar”

Autor Desconhecido

Divagação Monologa: Amores impossíveis

Romeu e Julieta, o casal símbolo do amor impossível.
            Há quanto tempo você não sabe o que é amar? Ou o que é ser amado de verdade? Essa foi a primeira coisa que veio a minha cabeça ao tentar pensar em algo para falar desse assunto que talvez não seja familiar a muitas pessoas hoje em dia. Caso você tenha achado a pergunta idiota me perdoe, e se por acaso se sentir a vontade para respondê-la poste nos comentários, seria legal um pouco de interação entre escritor e leitor, um pouco além da leitura... Por hora chega de divagações da minha parte e voltemos ao tema que me propus a escrever.
            ... Amores Impossíveis... Isso é algo que não tem saído da minha mente desde que li um romance português chamado ‘Amor de Perdição’ de Camilo Castelo Branco, esse não foi o primeiro romance que li, mas ele me chocou pela razão de ter sido baseado em fatos reais. Sou um viciado em romances, já li Romeu e Julieta, Hamlet, Antônio e Cleópatra... Todos de Shakespeare, e os clássicos O mulato, A moreninha e Diva e mais tantos outros que não me lembro agora. E uma coisa comum a quase todo bom romance é o amor impossível de se viver numa época em que o amor era na maioria das vezes um ideal a se atingir em outra vida ou além da morte, sei que tem todo o lado ficcional excessivamente dramático que faz parte da receita e também sei que a ficção ás vezes retrata a realidade.
            E eis o primeiro ponto a que eu gostaria de chegar, é claro que não vivi nos séculos passados, mas acredito que as coisas eram piores do que possamos imaginar, acredito que as pessoas sofriam horrores para viver uma história de amor, que era sufocada pelos costumes e pela rigidez conservadora da sociedade que fazia casamentos com base em interesses econômicos e não de acordo com o que as pessoas realmente sentiam umas pelas outras, as emoções ficavam em último plano. Me entristeço ao tentar imaginar: quantos casais foram impedidos de se amarem? Quantos amores morreram e quantas pessoas sentiram na pele o que é amar perdidamente uma pessoa e ter a certeza de que não vai viver esse amor? E tudo isso acontecia por razões idiotas como, desavenças familiares ou classe social. Peço a você que está lendo esse texto que tente voltar no tempo e se imaginar numa situação dessas... Como é horrível ter a certeza de que isso aconteceu muitas vezes, em muitos lugares do mundo inteiro.
            Graças a Deus os tempos mudaram e hoje já não isso de casamento arranjado, de vilões apaixonados que se uniam com a família da mocinha para separá-la de seu amor. Os amores não são mais sufocados da forma que eram antes, acredito que isso provavelmente ainda exista em algum lugar que seja dominado por uma cultura retrógada, mas não é mais a regra geral como já foi um dia. E o segundo ponto que eu gostaria de chegar é que atualmente somos mais livres para amar que nossos antepassados, que hoje nós temos o que me atrevo de chamar de ‘liberdade emocional’. É claro que ainda existem pequenas coisas como, por exemplo, o pai ou a mãe da sua namorada (o) não gostarem de você (o que não é o meu caso), mas isso não é nada comparável ao que já houve um dia.
           Acho que ainda existem amores impossíveis, mas não pelas mesmas razões pretéritas, a impossibilidade hoje está no fato das pessoas não se darem uma chance de amar verdadeiramente, não existe aquela juventude que suspira e escreve poemas, ninguém quer mais viver um romance embora sejam livres para amarem a quem seus corações ordenarem e isso é lamentável, pois quando lembro ou imagino os amores assassinados no decorrer da história, fico triste em visualizar que muitos adorariam ter tido essa liberdade que temos hoje para amar e ser amados.