30 julho 2010

A Arte de Gostar de Mulher

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na UERJ, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase:
“... para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher". Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou.
"Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso", afirmou.
O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita.
Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.
Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar como com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso.
Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher.
O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida.
O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade.
"Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinícius de Morais no poema "Para viver um grande amor". Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher.
Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostamos de mulher é que conquistamos várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade.
Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês, por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a "Have you really loved a woman?", do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "Você já amou realmente uma mulher?".
Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dar-lhe apoio, para amar realmente uma mulher.
Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso. Quem se habilita?

Rafael Martí

Porque os homens gostam tanto das mulheres


1. O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2. O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.
3. A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4. O jeito que têm de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5. Como são encantadoras quando comem.
6. Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7. Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8. Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans, camiseta e rabo-de-cavalo.
9. Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10. Como ficam lindas quando discutem.
11. O modo que têm de sempre encontrar a nossa mão.
12. O brilho nos olhos quando sorriem.
13. Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14. O jeito que têm de dizer "Não vamos brigar mais, não.."
15. A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16. O modo de nos beijarem quando dizemos "eu te amo".
17. Pensando bem, só o modo de nos beijarem ja basta.
18. O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
19. O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.
20. O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21. O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo (embora jamais admitamos que doeu).
22. O jeitinho de dizerem "estou com saudades".
23. As saudades que sentimos delas.
24. A maneira que suas lágrimas têm de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.

"Mulheres são como a Lua: com suas fases, às vezes ficam escondidas, mas nunca perdem seu brilho encantador."

Sinais que um homem dá quando está apaixonado Pt. V

-Aprende mais sobre o hobby preferido dela, e mostra interesse por isso. Aprender a dançar, por exemplo;
-Só de olhar pra ela já sorri, mesmo que de canto de boca;
-Perde a noção do tempo quando ta falando com a menina;
-A abraça forte na hora de falar oi, ou tchau;
-Fica feliz de ver que fez ela feliz;
-Fica esperando ela entrar no MSN, quando ela entra vai direto falar com ela;
-Visitas ao Orkut da moça se tornam mais freqüentes;
-Visita o Orkut dos amigos dela, ou dos caras que deixam scrap pra ela só pra se certificar que não está rolando nada;
-Colocar músicas que ela gosta na playlist, e faz questão de mostrar no MSN pra que ela veja;
-Acha lindo vê-la despenteada, sem maquiagem e com cara de filhote quando acorda;
-Tem zelo: pede pra colocar meias porque está frio, pergunta se já jantou, reclama que ela precisa dormir mais e se alimentar direito;
-Vai a pé na chuva e cantando pra casa dela;
-Tenta conquistar todos que tem alguma importância na vida dela;
-Se for a primeira vez que o cara ta se apaixonando, faz merdas que nem imagina que provavelmente um dia se arrependerá;
-Se não for à primeira vez, faz as mesmas merdas de novo. Dessa vez, porém, ele sabe que ta fazendo merda… Mas não ta nem aí;
- Olhar meloso, perdido, sonhador…
-Fica sempre perfumado;
-Acha lindo quando ela fala uma besteira;
-Vira um completo babaca;
-Comparar ela com aquela mulher super gata e gostosa que acabou de ver na rua, e achar alguma característica que a sua amada tem melhor que ela.

MÚSICAS QUE FALAM POR MIM: ÁGUAS DE MARÇO


Ultimamente acho que me tornei mais observador e sensível a certas coisas que antes passavam despercebidas por meus olhos e simplesmente batiam e voltavam em meu coração, mas que no fundo sempre estiveram visíveis a todos. Acho que desde que comecei a escrever com regularidade a minha visão sobre o mundo mudou e conseqüentemente eu também.
Comecei a admirar a simplicidade de tudo, da vida, das coisas, das pessoas... E de repente parece que tudo ficou mais belo de uma forma que nunca foi antes, até coisas que antes eram idiotas mudaram. A verdade é que estamos cercados de beleza e coisas boas por todos os lados, e em momento algum paramos para observar com sensibilidade.
Eu sei que posso estar parecendo um louco ou um idiota por estar falando isso e se você pensa assim pare de ler e vá fazer outra coisa, porque provavelmente não vai entender nada do que estou querendo dizer.
Tem uma música que amo muito e que muitas pessoas escutam e dizem não entender o que ela diz, eu particularmente demorei um pouco a entender também, ela se chama “Águas de Março” e é de Tom Jobim e Elis Regina. E essa canção expressa bem e vai ajudar chegar ao ponto em que pretendo:

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol

É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira

É o vento ventando, é o fim da ladeira

É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira

É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão

É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada

É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé

São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
pau, pedra, fim, caminho
resto, toco, pouco, sozinho
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.

Eu a ouvi várias até finalmente entender, até que um dia estava tocando-a para um amigo no violão enquanto ele a ouvia pensativamente e quando eu terminei ele olhou pra mim com uma cara de quem não entendeu nada e disse: “Cara é muita coisa! Sério mesmo.” Na hora ri muito e depois parei pra pensar, que a maioria dos versos começavam com é alguma coisa ( É pau, é pedra, é o fim do caminho...) E comecei a me perguntar: É o quê? Não obtive a resposta na hora, passou um tempo até eu começar a me sentir como disse no primeiro paragrafo e entender que a música falava sobre a beleza que havia na simplicidade de coisas da vida e do dia a dia que nós nunca paravamos para reparar.
E comecei a ver beleza em tudo, no céu, luar, no sol, nas estrelas, num caco de vidro, num resto de mato na luz da manhã, nas nuvens e até em cada pessoa que convive comigo ou passa por mim na rua. Até o ar gelado que respiro, o vento batendo em minha face enquanto pedalo de bicileta, o abraço que dou em alguém que amo, o bom dia que dou a um desconhecido na rua, a canção que toco ao violão... Tudo que antes era rotina e banalidade se trasnformou em dadiva divina.

26 julho 2010

Divagação monologa: Emprego, Mercado de trabalho...

Vai fazer um ano que não sei o que é um emprego, o último que eu tive foi em uma empresa de departamento num shopping Center que não vou dizer o nome pra não fazer publicidade. Lembro me que a um ano eu e um amigo estávamos desesperados por um emprego e entregamos muitos currículos em vários lugares, fizemos uma série de entrevistas e eu finalmente passei em uma e ele uma semana depois também, a diferença foi que eu durei 45 dias e ele vai fazer um ano que está lá. A minha rotinha havia sido mudada radicalmente e pra pior, era basicamente assim:
-Acordava ás 6:00 para me arrumar e ir pra faculdade;
-Chegava ás 8:00 na faculdade;
-Dormia muito em todas as aulas;
-Almoçava na faculdade;
-Começa o trabalhos ás 14:00;
-Lanchava ás 16:00;
-Trabalhava até as 22:00;
-Chegava em casa entre 23:00 e 0:00 (Jantava entre esse horário);
-Dormia e começa tudo de novo.
Eu não tinha tempo pra porra nenhuma, vivia cansado e minhas notas caíram muito. Sem mencionar que tinha que aturar um bando de clientes FDP´s, mentir que nem um condenado pra muitas pessoas, dificultar ao máximo a vida de outras e ser pressionado constantemente a fazer tudo isso que eu disse anteriormente. Eu estava infeliz com tudo isso, a única coisa boa eram os colegas de trabalho e o dinheiro, não durei muito e me demitiram por eu ter usado o meu Pen Drive no computador, até que fiquei feliz em ser demitido acho que foi a melhor coisa que me fizeram, foi melhor até do que ser contratado. Desde então não entreguei mais currículos.
Me divirto quando ouço as pessoas me perguntarem se não estou preocupado em entrar pro mercado de trabalho, a minha resposta é não, pois não tenho a menor intenção de ser escravizado por uma mixaria, não passei mais da metade da minha vida estudando e esquentando cadeira pra isso, eu acredito que posso mais e acho que um trabalho que te faz infeliz não é um bom trabalho, é claro que as vezes a necessidade faz com que você suporte tudo isso, não estou de forma alguma dizendo que jamais voltarei a trabalhar, estou dizendo apenas que enquanto eu puder evitar, evitarei. É como eu costumo dizer pra mim mesmo:
PREFIRO SER UM VAGABUNDO FELIZ COM A MINHA OCIOSIDADE, A SER UM EMPREGADO INFELIZ COM O QUE FAÇO.
Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
(John Lennon)
P.S: Em homenagem a minha amiga Deyviane.

22 julho 2010

Poesia Matemática

Millôr Fernandes

Às folhas tantas do livro matemático um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide, corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito.
“Quem és tu?", indagou ele em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram(o que em aritmética corresponde a almas irmãs) primos entre si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana e os exegetas do Universo Finito. Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar constituir um lar, mais que um lar, um perpendicular.
Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sonhando com uma felicidade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos.
E foram felizes até aquele dia em que tudo vira afinal monotonia.
Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum freqüentador de círculos concêntricos, viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo, tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração, a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade como, aliás, em qualquer sociedade.

Personalidades: Ayrton Senna

Dados:
Ayrton Senna da Silva
(São Paulo, 21 de março de 1960 — Bolonha, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Morreu em acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994.
Seu excelente desempenho nas fórmulas anteriores (especialmente na Fórmula 3 inglesa em 1983) o levou a estrear na Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart. Logo na sua primeira temporada na categoria máxima, Senna demonstrou rapidamente um talento excepcional levando a pequena equipe inglesa à exaustão e a obter resultados jamais alcançados. É considerado um dos maiores nomes do esporte brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.
Em dezembro de 2009 Ayrton Senna foi eleito, por seus próprios pares, o melhor piloto de Fórmula-1 de todos os tempos . A eleição foi organizada pela revista inglesa Autosport, que consultou 217 pilotos que passaram pela categoria.
Minha opinião:
Eu tinha apenas três anos quando esse cara infelizmente partiu, mas pelo que me contam o Brasil inteiro chorou a sua morte e acredito que o mundo também. Toda vez que escuto o Hino da Vitória enquanto vejo algum video dele me emociono o ponto de quase chorar, acredito que por minimo que seja sempre temos algo em comum com nosso ídolos, é como disse Felipe Neto: “O ídolo de uma pessoa diz muito sobre quem ela é.” E a coisa que me fez criar admiração por esse cara era o amor que ele tinha pelo Brasil e a determinação que ele tinha pra superar os obstáculos que iam surgindo.
Citações Ilustres:
"Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento tudo pode mudar".
"O importante é ganhar. Tudo e sempre. Essa história de que o importante é competir não passa de pura demagogia".
"Deus é forte, Ele é grande, e quando Ele quer não tem quem não queira."
"Ou você se compromete com objetivo da vitória, ou não."
"O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho."
"Convivo com o medo de morrer e ele me fascina."
"Dinheiro é um negócio curioso. Quem não tem está louco para ter, e quem tem está cheio de problemas por causa dele."
"Brasileiro só aceita título se for de campeão. E eu sou brasileiro."
"Para mim, a mulher não é para exibir, é para dar atenção e para amar."
"Os ricos não podem mais viver numa ilha rodeada por um mar de pobreza. Nós respiramos, todos, o mesmo ar. Devemos dar a cada um, uma chance, ao menos uma chance fundamental."
"Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá."

MÚSICAS QUE FALAM POR MIM: CANTO PARA A MINHA MORTE.

Eu sempre gostei de Raul, mas nunca havia parado pra estudar as suas letras, que têm muitas qualidades sendo duas delas as mais marcantes, quantidade e qualidade. Muitos fãs fanáticos dizem que Raul era um ser iluminado que via as coisas muito a frente do tempo em que vivia, depois de ouvir essa música pude chegar a essa conclusão por conta própria, pois é uma letra que faz você refletir sobre uma coisa que cedo ou tarde vai chegar para todos, sendo você rico, pobre, feio, bonito, bom ou mal... A morte, que como ele mesmo diz na letra, talvez seja o maior segredo dessa vida.

Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho

Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa a bater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...

Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

17 julho 2010

Poema: Guerra Civil


Vinicius dos Santos/Juan Ricthelly
Eu tenho um sonho,
Que um dia esta nação se erguerá
E viverá o verdadeiro significado
De seus princípios.
Nós acreditamos que esta verdade
Seja que todos os homens são iguais.

Eu tenho um sonho,
Onde todas as crianças viverão
Em uma nação onde não serão
Julgadas pela cor de sua pele,
Mas sim pelo conteúdo de seu caráter.

Gostaria de viver bastante,
Pra ver um mundo sem guerra,
Sem miséria e sem racismo.

Olhe, Olhe só!
Olhe seu jovem homem morrendo!
Olhe sua mulher chorando!
Olhe seu jovem homem lutando!
Da maneira que sempre foi antes...

Olhe, Olhe só!
Olhe o ódio que estamos cultivando!
Olhe o medo que estamos alimentando!
Olhe as vidas que estamos sacrificando!
Da maneira que sempre foi antes...

Minhas mãos estão atadas,
Os milhões crescem lado a lado
E pessoas continuam matando por paz,
Pelo “amor” de Deus e dos “direitos humanos”.
Por mãos sangrentas que o tempo não nega
E são lavadas pelo nosso próprio conformismo.
Enquanto as emissoras de rádio e televisão
Fabricam mentiras que escondem e manipulam a verdade.

Você veste uma braçadeira preta
Quando eles atiram em um homem.
Quando você diz: “A paz poderia ser eterna”.
Arrastam crianças pelo asfalto.
E quando você grita: “Não a violência!”
Filhos assistem à morte dos seus próprios pais.


Eu não me ceguei quando não pude enxergar,
Que você não pode confiar na liberdade
Mesmo estando ela em suas mãos.

Eu não preciso de uma guerra civil,
Ela alimenta os ricos e enterra os pobres.

Olhe, olhe só!
Olhe os tênis que você está calçando!
Olhe o sangue que estamos espirrando!
Olhe o mundo que estamos matando!
Da maneira que sempre foi antes...

Olhe, olhe só!
Olhe a dúvida que estamos criando!
Olhe os líderes que seguimos!
Olhe as mentiras que contamos!
Eu nem quero mais ouvir...

Minhas mãos estão atadas,
E tudo o que eu vejo tem mudado a minha mente
Toda essa merda continua rolando e os anos passando
Nada muda.
Nem por amor a Deus ou pelos direitos humanos.
Meus sonhos foram varridos de lado
Por mãos sangrentas do hipnotismo
Por mãos que carregam a culpa do homicídio
Gradativo da sociedade.

Nós praticamos a nossa seletiva aniquilação
Quando elegemos nossos oficias de governo.
E quando pensamos que a paz está próxima
Sentimos um vácuo:
Na saúde, na segurança e na educação.
E sobram os pobres que ao irem trabalhar
Só podem contar com a proteção de Deus
E tudo o que pedem é para que
Não sejam agredidos na espera do ônibus.

Todos os homens são iguais!
E o que me preocupa
Não é o grito dos violentos.
E sim o silêncio dos bons.

Talvez um dia nossas crianças
Viverão numa nação onde não serão
Julgadas pela cor de sua pele
E sim pelo conteúdo do seu caráter.
Pois ainda hoje, mesmo depois de tanto tempo.
O homem negro ainda não é livre
Sua vida é tristemente invalidada
Pelas algemas do preconceito
E pelas cadeias de discriminação.
O homem negro vive em uma ilha só de pobreza
No meio de um vasto oceano de prosperidade material.

Meu Brasil! Doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra do orgulho dos peregrinos.
De norte a sul, de leste a oeste,
Ouço o sino da liberdade.
E se tu és uma grande nação,
Isto tem que se tornar verdadeiro.

Aí sim, ouvirei o som da ordem e do progresso
No extraordinário coração de todos os brasileiros.
Ouvirei o som da esperança, no sorriso de nossas crianças.
Ouvirei o som da felicidade, no olhar de nossas mulheres.

E não é só isso,
Ouvirei o som liberdade de norte a sul.
Ouvirei o som da igualdade de leste a oeste.
Ouvirei o som da fraternidade
Em todos os morros e favelas
Desse teu imenso território
Que é gigante pela própria natureza,
Que é belo, forte, impávido e colosso.

E quando isto acontecer,
Quando permitirmos os sinos soarem.
Em toda moradia, em todo vilarejo,
Em todo estado e em toda cidade
Nós poderemos acelerar a chegada do dia,
Em que todos os filhos de Deus,
Homens pretos, brancos, pobres e ricos
Poderão cantar juntos a mesma música:
“Livre afinal”...


Esse poema tem um significado especial para mim, ele fez parte do melhor trabalho que eu já fiz em minha vida escolar e foi feito em parceria com um grande amigo que infelizmente não está mais entre nós. Lembro que tudo começou quando um grupo de alunas estava desenvolvendo um projeto para a turma apresentar no "Café com poesia 2007" do CEM 02 do Gama, a idéia delas era melancólica e deprimente com uns poemas tristes e músicas igualmente tristes como plano de fundo sem nenhum impacto especial, acho que a professora de português não gostou muito da idéia, mas ela estava num mato sem cachorro porque era o único projeto que a turma tinha sendo que não havia outro para rivalizar com ele, até que um dia antes de ir embora a professora chegou gentilmente em mim e perguntou se eu não tinha uma boa idéia de projeto, e eu respondi que no momento não tinha, mas que iria pensar, ela me deu aquele olhar silencioso, mas que dizia sem necessidade de uma única palavra: "Por favor, pense em alguma coisa, eu imploro."
Passou um tempo e num belo dia estávamos eu e mais dois amigos (Joseph e Vinicius) comentando sobre o quão estranho era o projeto de nossa turma e eu comentei com eles sobre o que a professora havia dito. E o Vinicius simplesmente disse: "Cara porque você não disse antes? Será que ainda dá tempo?". E instantaneamente começamos os três a bolar um projeto, a idéia principal era misturar poesia e rock n´roll, fomos acertando cada detalhe teve uma hora que até malabaristas cuspindo fogo pro alto foram incluídos a idéia, levamos uma semana mais ou menos para deixarmos tudo pronto, o Vinicius deu a idéia de misturarmos um discurso de Martin Luther King Jr. com a letra da música Civil War do Guns n´Roses e decidimos que a música de plano de fundo seria Civil War e depois tivemos a idéia fazer um medley incluindo Madagascar também do Guns (até hoje tenho esse áudio). Vinicius e eu fizemos a junção da letra com o poema e adicionamos muitas coisas à realidade brasileira e a alguns fatos chocantes que tiveram grande repercussão na época, o caso João Hélio, a empregada doméstica agredida no ponto de ônibus por pit boys, crianças que viram os pais morrerem na sua frente... Mencionamos a imprensa, a violência urbana, a guerra, o racismo, a fome e no fim exaltamos o nosso amado país como que sonhando com o dia em que tudo terminaria bem. Então o mais importante estava pronto e levamos para a escola para apresentarmos a turma, pegamos um som emprestado na direção colocamos a música para rolar dividimos o poema em três partes iguais e apresentamos, ouviam com cara de espanto e chocados, mas de uma forma boa. Depois que terminamos fomos aplaudidos por todos e todos queriam participar e o projeto anterior foi esquecido (as autoras não gostaram muito).
Dividimos o projeto em comissões de finanças, áudio, comunicação... E teve até testes pra ver quem participaria diretamente da declamação e ensaiamos repetidas vezes.
Modéstia parte o trabalho final ficou excelente, teve bandeira do Brasil descendo no meio do palco, bandeira dos EUA sendo jogada no chão (a platéia amou essa parte) e Imagine do John Lennon sendo cantada ao vivo no violão em português e em inglês, todos estavam caracterizados como pessoas vitimas da guerra e da violência e uma das horas mais empolgantes foi quando o Vinicius fez a abertura com a sua voz de locutor e sem camisa na frente de toda a escola, a mulherada gritou demais, só ouve alvoroço maior quando terminamos e recebemos os aplausos finais. Sem mencionar os slides de Power point que ficaram ótimos terminava com um poema que dizia:

Quando eu nasço, sou preto
Quando eu cresço, sou preto
Quando eu fico no sol, sou preto
Quando eu tenho medo, sou preto
Quando eu estou doente, sou preto
E quando eu morro, continuo sendo preto
E você, cara branco,
Quando você nasce, você é rosa
Quando você cresce, você é branco
Quando você fica no sol, você é vermelho
Quando você fica no frio, você é azul
Quando você tem medo, você é amarelo
Quando você fica doente, você é verde
Quando você morre, você é cinza
E você ainda vem me chamar "de cor"???

Firas Chadli

Infelizmente não conseguimos filmar e nem mesmo tirar fotos desse trabalho antológico, a professora chegou a chorar no fim quando viu o seu nome na dedicatória, sinceramente acho que essa foi uma das melhores apresentações que o auditório daquela escola já viu se não for a melhor, eu queria poder viver tudo aquilo de novo. Dizem que quando morremos vemos os melhores momentos de nossas vidas passarem diante de nossos olhos numa fração de segundos, se isso for verdade espero poder ver o Café com poesia 2007 na integra. Claro que tem muito mais detalhes que omiti, mas acredito que os mais notáveis foram mencionados.

05 julho 2010

Sinais que um homem dá quando está apaixonado Pt. IV

-Deixa de comprar aquele tênis para comprar bombons para ela;
-Brinca com o pirralho catarrento do sobrinho apenas para mostrar que gosta de crianças e que pode ser um bom pai;
-Às vezes não demonstra ciúmes... Apesar de sentir;
-Se torna uma pessoa mais aprazível, gentil, e sensível;
- Presta atenção em tudo o que ela fala, e se lembra disso depois;
-Não importa o local que ele esteja tenta ficar sempre observando o que ela está fazendo, ou então tenta imaginar onde e o que ela está fazendo;
-Não importa o grupo que esteja o homem, ao vê-la, vira seu corpo em direção ao dela em um claro sinal de: “Quero estar ao seu lado.”;
-Não se importa de ficar conversando com ela até altas horas mesmo se tiver que levantar cedo pra trabalhar no dia seguinte;
-Aceita qualquer convite dela pra sair, até naquele lugar que você não gosta ou não faz idéia de onde seja;
-Dorme abraçado com o travesseiro, imaginando ser ela;
-Fica olhando nos olhos dela sem dizer nada, como se estivesse em outro mundo;
-Se é músico ou poeta fica mais músico e poeta ainda;
-Faz planos e pergunta o que a garota acha, se importando e levando em consideração o que ela diz;
-Os estados fundamentais da matéria deixam de ser ‘peitos’, ‘bunda’ e ‘coxas’ e passam a ser ‘olhos’, ‘boca’ e ’sorriso’.
-Se torna mais tolerante, até com coisas que geralmente odeia;

02 julho 2010

Para tentar rir: Amigas bêbadas.

Duas amigas casadas, totalmente bêbadas, depois de voltarem de uma reunião com outras amigas, sentiram uma vontade irresistível de fazer xixi. Estacionaram o carro próximo a um cemitério, apavoradas e bêbadas, mas sem outra alternativa, decidiram ir assim mesmo fazer xixi lá dentro.
A primeira foi, se aliviou, e então se lembrou de que não tinha nada para se secar.
Pegou a calcinha, secou-se e a jogou fora.
A segunda, que também não tinha nada para se secar, pensou:
-'Eu não vou jogar fora esta calcinha de renda caríssima e linda'.
Então pegou a fita de uma coroa de flores, que estava em cima de um túmulo, e colocou dentro da calcinha para não molhar.
No dia seguinte, um dos maridos ligou para o outro e disse:
- Rapaz, a minha mulher chegou ontem em casa caindo de bêbada e sem a calcinha...terminei o casamento!
O outro diz:
- Você ainda tem sorte, a minha chegou com uma fita presa na bunda escrito assim: 'Jamais Te Esqueceremos: Vagner, Moisés, Elias e Toda a Turma da Faculdade.' Tô dando porrada até agora!!!!

Divagação Monóloga: Vida em sociedade.


“A nossa civilização é em grande parte responsável pelas nossas desgraças. Seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas.”

Sigmund Freud

Bem antes de ter contato com essa frase havia dias que eu acordava revoltado com muitas coisas e não fazia idéia exatamente do que era, e esse pensamento me mostrou qual era o objeto de tamanhas revoltas internas. E descobri que é a tão elogiada e falada vida em sociedade sustentada por nosso estilo de civilização ocidental capitalista moderna, e se pararmos para analisar a maioria de nossas desgraças e infelicidades pessoais é fruto disso. Querem exemplos? Pois bem os darei.
A vida em sociedade faz que tenhamos a necessidade de um Estado que deveria atender as nossas necessidades básicas, o que na teoria é bem bacana, mas na prática não é nem a sombra disso. Temos que trabalhar que nem um bando de condenados geralmente em um emprego chato sob pressão constante pra ganhar uma miséria que não atende de forma alguma as nossas necessidades do dia a dia, os gastos geralmente são com saúde, educação, lazer, transporte, alimentação, dívidas, filhos, mulher, drogas e o que eu mais odeio em tudo isso IMPOSTOS, o brasileiro trabalha em média cinco meses inteiros do ano só para pagar impostos, o problema em si não é pagar os impostos, a idéia até que é legal, o problema é você e milhões de pessoas pagarem os impostos que estão embutidos até num chiclete que você compra num boteco de esquina e ver as estradas esburacadas, as escolas em péssimo estado, os hospitais com equipamentos obsoletos e estrutura defasada e a segurança pública falhando, sem mencionar que corjas de ladrões bem vestidos que foram eleitos por você pra mudar isso tudo roubam o dinheiro dos impostos e ainda ganham um vultoso salário (os caras tem até décimo quinto salário) com benefícios mais volumosos ainda, o que eles ganham e roubam em um mês fingindo que trabalham durante poucas horas, milhões não ganharão durante uma vida inteira trabalhando pesado de oito a doze horas por dia e seis dias da semana por muitos anos (ainda querem falar de igualdade).
As falhas do Estado em acabar com as desigualdades e punir quem merece juntamente com as falhas individuais ao transmitir valores e princípios em família para as crianças, (pois convenhamos que quando você não educa bem o seu filho está prejudicando a coletividade) e mais uma porrada de coisas somadas a isso, geram os problemas e as desigualdades sociais e assaltos, furtos e assassinatos a qualquer hora e em qualquer lugar, então a qualquer momento uma dessas coisas ou coisa bem pior pode acontecer com você, aí vai vir a raiva, talvez você chame a polícia que não vai resolver muita coisa, ás vezes pode recorrer a justiça que vai demorar no mínimo cinco anos pra te dar uma solução e que provavelmente não vai punir o cara que te sacaneou, que caso seja punido vai ser molestado na cadeia ficando muito puto com você, então num belo dia ele vai se beneficiar do saidão de Natal ou de Dia das mães (se ele ainda tiver uma) e possivelmente vai vir tentar te matar, por você ter recorrido a justiça por ele mesmo ter te sacaneado (irônico isso não é)... Ah e o melhor vem agora, você vai ser enterrado (caso ele tenha sucesso), seus parentes e amigos ficarão muito mal e chorarão um bocado por algum tempo, farão camisetas com o seu rosto, colocarão carinhas tristes no MSN e luto no Orkut, talvez façam uma passeata pela paz protestando contra a violência urbana, alguns anos depois quase ninguém se lembrará de você, o cara que te matou vai estar numa boa sentado num bar bebendo uma Skol e assistindo o jogo da seleção, porque não conseguirão prendê-lo de novo e caso consigam ele cumprirá uma pequena parte da pena por bom comportamento, como se fosse lá grande coisa se comportar bem dentro da cadeia se foram parar lá justamente por se comportarem mal. Sendo que você não fez nada pra merecer morrer apenas viveu em uma sociedade que tinha problemas sociais e foi em busca do seu direito de pedir que o estado sacaneasse quem te sacaneou, talvez se você tivesse nascido índio numa área isolada da Amazônia viveria até os setenta.
Outra coisa bastante comum na vida em sociedade são as greves das categorias profissionais, recentemente por aqui (DF) a greve dos rodoviários causou um caos sem precedentes na vida de milhões de pessoas que ficaram sem poder ir trabalhar, ir à escola, á faculdade... Devido a um grupo pequeno milhões foram novamente prejudicados, sei que o direito a greve é constitucional e que eles podem exercê-lo quando acharem conveniente, mas eles não deixaram nem a porcentagem mínima de linhas (30%) em circulação, o fato é que isso causou transtorno à população que não tem nada haver com os problemas profissionais deles.
E você ainda tem que ter um “Status Social” que é basicamente você ter uma porrada de coisas que você não precisa, com um dinheiro que você não tem, para demonstrar para um bando de pessoas que você odeia aquilo que você nem de longe é, ou seja a vida em sociedade é como um grande vídeo game social em que quem tem um bom emprego, mora em uma mansão, tem um carro luxuoso, usa roupas de grife e finge ser inteligente, está em altas posições no ranking social, portanto essa pessoa será mais respeitada por todas as outras devido ao que ela tem e não pelo que ela realmente é como ser humano, logo caráter, dignidade, honestidade e qualquer coisa relacionada a valores morais e éticos não tem valor nenhum, então entenda uma coisa: “Você vale o que você tem”. Se você tem uma bicicleta que vale R$ 200,00 (duzentos reais) então este valor está agregado à forma como as pessoas irão olhar pra você, da mesma forma que se você tiver um carro no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), uma casa numa zona nobre no valor de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) e mais outros bens que causem inveja nas pessoas você será tratado de forma diferente, não é que você seja legal e agradável os seus bens é que são legais e agradáveis.
Portanto meus amigos, Freud estava certíssimo sobre o que disse, seríamos bem mais felizes se abandonássemos esse estilo de civilização ou em minha opinião mudássemos esse estilo de civilização em que vivemos, não estou dizendo para voltarmos ás cavernas, vivermos da caça, andarmos com tacapes e arrastarmos nossas mulheres pelos cabelos, estou dizendo que gostaria de viver numa sociedade que tivesse valores iguais aos de algumas sociedades antigas, onde não existia o meu ou o seu e sim o nosso, onde todos trabalhavam para o bem de todos e eram tratados de forma igual, numa sociedade em que você valia o que era como pessoa, em que o meio ambiente era respeitado como se fosse um deus vivo, em que a educação e a proteção das crianças era obrigação de todos e em que o coletivo era a palavra chave na tomada de qualquer decisão que fosse afetar a vida de todos. Infelizmente meus caros isso é apenas uma utopia minha, porque as coisas não irão para esse rumo, pois há séculos estão seguindo a direção oposta, a tendência é de que a vida em sociedade piore de forma gradativa. É triste, mas eu mesmo odiando tudo isso terei que me submeter a isso por um bom tempo, pois as pessoas que amo fazem parte disso tudo e por elas sou capaz de suportar essa porcaria, mas já decidi que quando eu ficar velho (caso a vida em sociedade não me mate) terei um bom pedaço de terra cercado de verde e montanhas bem longe de toda essa muvuca, onde terei uma bela casa branca com duas varandas com vistas para o poente e o nascente, com um enorme quintal coberto por grama esmeralda, flores de todas as cores e árvores frutíferas, alguns animais de rebanho, um ou dois cachorros, meu violão e uma vasta biblioteca com milhares de obras para ir lendo até o fim de minha vida.
Vida em sociedade são engarrafamentos quilométricos, aumento do preço das passagens, acidentes de trânsito, ar poluído, vizinhos chatos, eleições, corrupção, pobreza de muitos, riqueza de poucos, fome e miséria. Boa deveria ser a vida dos índios antes dos portugueses chegarem aqui. Eles tinham tudo o que precisavam para viver, pois plantavam e colhiam, caçavam e encontravam e tinham água em abundância. Não havia leis ou impostos, faziam sexo onde e quando tinham vontade, todo mundo vivia pelado, não tinham que trabalhar ou estudar e a vida era uma festa. Nasci no país certo, mas na época errada.