23 julho 2012

Quem sou eu?


Como eu adoraria ter escrito algo tão lindo e espontâneo como essa obra prima. Passando num blog que encontrei por acaso li e me emocionei. Espero que quem leia goste tanto quanto ou mais do que eu. Um abraço a todos.

“Quem sou eu? Sou aquela que muda a cada segundo. Sou um poema de Neruda e um tango de Gardel. Sou as metades de Montenegro e a depressão de Caio F. Abreu. Sou o sorriso da Monalisa e as cores de Frida Kahlo. Sou a intensidade da voz de Janis Joplin, a nota mais aguda de Montserrat Caballé, e a sonoridade de Coldplay. Sou a solidão de que fala Gabriel G. Marquez e o suicídio de Florbela Espanca. Sou a ironia de Oscar Wilde, o ceticismo de Nietzsche e a prolixidade de Clarice Lispector. Sou a frieza de Virginia Woolf, sou o desespero de Jacques Brel e a paixão de Almodóvar. Sou a loucura de Dom Quixote, a paz de Gandhi e a atemporalidade da obra de Cervantes. Sou a brasa do fogo que matou Joana D’arc. Sou a alegria do Carnaval e a nostalgia de uma lembrança. Sou um pedaço de tudo e a metade do nada. A mulher que ama, a loba que caça, a fêmea que seduz, a menina que sonha… Açucarada e ácida, cada um tem de mim o que merece!” Juliana Alves. Fonte: http://alive23.blogspot.com.br/

Reflexão


E a partir de hoje prometo que vou tentar mudar, mesmo que as pessoas continuem as mesmas de sempre.

Divagação Monologa



Ultimamente tenho andado tão confuso, tão cético e em alguns momentos radical com certas coisas. Logo eu que sempre me distanciei de pessoas radicais e extremistas, isso chega a ser irônico.
            No início o meu radicalismo era contra fanáticos religiosos, depois contra lunáticos e posteriormente contra qualquer pessoa religiosa que viesse dialogar comigo sobre religião. Por um tempo tentei me manter longe de discussões, porque sei o quanto elas são infrutíferas, pois não farei as pessoas mudarem de ideia e nem elas conseguirão me convencer do que quer que elas acreditem.
            Cada vez eu tento me controlar e evitar embates e debates sobre assuntos religiosos. Não me considero o dono da verdade, pois como o grande Sócrates dizia: Só sei que nada sei. E eu me coloco nesse mesmo patamar, de ignorante que nada sabe, pois é isso que sou, mas diferente de tantas pessoas reconheço a minha ignorância, e sempre estou disposto a trocar ideias, a pensar e mudar de opinião caso perceba que estou errado, pois graças a Deus, não sou uma rocha, sou um ser pensante que é suscetível a mudanças e acredita em apenas uma verdade absoluta, a de que não há verdades absolutas.
            Mas como já pude constatar através de muita observação e bastante diálogo, a Fé é a coisa mais intima que uma pessoa possui, chegando a ser uma extensão de sua personalidade que chega a se sobrepor a própria Personalidade, ao próprio Ser. É algo tão intimo que as pessoas se ofendem quando alguém não crê no que elas acreditam. Hoje pude vivenciar isso, as pessoas postam diariamente mensagens religiosas no Facebook, desde que tal postagem seja de acordo com o padrão religioso vigente tudo bem. Caso não seja aí a coisa muda de figura, todos caem matando naquele que acredita em algo diferente da maioria. Eu cheguei ao cúmulo de receber um comentário de um amigo bem próximo dizendo que sentia pena de mim... WTF!!! Sou digno de pena por não acreditar em algo que todo mundo acredita, eu fiquei com pena dele também.
            A questão é... Isso serve inclusive pra mim. Quem diferença faz na minha vida uma pessoa acreditar em Buda, Alá ou Jeová? Que diferença o que acredito pode fazer na vida das pessoas? De que forma uma pessoa ser teísta ou ateísta me afeta? A resposta para tais perguntas e tantas outras que poderiam soar de forma semelhante é única e inconfundível... Não muda nada. E isso inevitavelmente me leva a outra pergunta: E porque a crença ou não crença dos outros nos incomoda? Lembrem-se que vocês são livres para responder o que quiserem e até discordarem de mim, pois não sou o dono da verdade.  Mas acredito que o problema está em acharmos que o outro está errado, acharmos que estamos corretos e tentarmos mudar a opinião do outro na marra sem ficarmos atentos a certos detalhes. Talvez a solução seja não nos importarmos com o que os outros acreditam, pois como concluímos, a crença alheia não muda nada em nossas vidas, portanto não devemos permitir que ela nos afete.
            Lembremos sempre que todos têm o direito de acreditarem no que quiserem e serem respeitados por sua escolha, mesmo que não concordemos e achemos completamente absurdo e longe da realidade, devemos respeitar. Caso ainda assim seja difícil não se doer, lembre-se ou tente imaginar quantas pessoas mataram e morreram em nome do que acreditavam. Vamos exercer a liberdade religiosa em sua plenitude, respeitando e sendo respeitados.

20 julho 2012

Dogma



Acredite no que digo
E não me questiones
Simplesmente acredite
E em momento algum duvides.
Pois é pecado duvidar.

Acredite sem pensar
E nem raciocinar
Nem mesmo interrogue
Acredite simplesmente
Não acredite em sua mente

Acredite no que acredito
Sem razão ou motivo
Somente porque eu digo
Sem prova ou evidência
Lógica ou coerência

Acredite e adote para si
Transmita aos seus filhos
Aos filhos dos seus filhos
Aos que não acreditam
 E aos que duvidam, num ciclo sem fim.

Acredite que a Terra é o centro do universo
Que os negros não tem alma
Que o mundo foi feito em seis dias
Que o Criador é exclusivo de um povo
E que a verdade do que digo é absoluta.

Dom Juan Ricthelly. Gama-DF, 2012.




15 julho 2012

Até quando...


Até quando...
Armas vencerão rosas
O Mal estará em volga
O bem numa gaveta
E o sorriso atrás dos lábios?

Até quando...
A honestidade será vergonha
A iniquidade será aplaudida
A bondade uma exceção
E a violência uma regra geral?

Até quando...
A educação será esquecida
A razão simplesmente diluída
A ignorância cultivada em grandes campos
E colhida dia após dia?

Até quando?

Dom Juan Ricthelly.


01 julho 2012

Sem Mandamentos



Que canção maravilhosa, simplesmente um hino à vida e à alegria de viver.

Autor: Oswaldo Montenegro

Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
De rostos serenos, de palavras soltas
Eu quero a rua toda parecendo louca
Com gente gritando e se abraçando ao sol
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
Quero ver os sonhos todos nas janelas
Quero ver vocês andando por aí

Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
Eu até desculpo o que você falou
Eu quero ver meu coração no seu sorriso
E no olho da tarde a primeira luz

Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
Eu quero um carnaval no engarrafamento
E que dez mil estrelas vão riscando o céu
Buscando a sua casa no amanhecer

Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Eu vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias no seu coração

Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
E que triunfe a força da imaginação

Divagação Monologa: Saudade.



“Saudade, torrente de paixão
Emoção diferente
Que aniquila a vida da gente
Uma dor que eu não sei de onde vem”

Canção de Amor – Caetano Veloso

Que coisa doída é a saudade meus amigos, quantos de nós em algum momento não se pegou olhando para trás desejando com todas as forças voltar àquele momento que dentre tantos foi tão único?
Quantos de nós já não nos flagramos pensando em uma pessoa que nos marcou a ferro e fogo na alma?
Não importa o quanto pensemos, o quanto estudemos e analisemos tal sentimento, acredito que nunca seremos capazes de compreendê-lo plenamente. Pois a saudade pode ser vivida e sentida nos mais diversos graus que se possa imaginar.
Há aquela saudade que jamais seremos capazes de saciar, pelo simples fato de o tempo não voltar e a pessoa ter partido desse mundo.
Existe aquele tipo que sentiremos quando estivermos a sós conosco, saudade de ter alguém ao nosso lado, mas sei lá, isso pra mim já se confunde com solidão, acho que talvez se isso mesmo, a solidão é a causa e a saudade o efeito.
Também há uma versão medíocre, que é a mais comum de todas, quase todas as pessoas a sentem sem nem perceber a sua nocividade para si mesmo. Ocorre quando sentimos falta de uma pessoa quando está longe, mas quando ela está presente não temos noção do valor dela em nossa vida, pode ser que estejamos apenas sentindo falta do que a pessoa faz por nós e não dá pessoa em si, e que coisa horrível é isso. Diante de tal situação teríamos duas escolhas possíveis: continuarmos agindo da mesma forma e perdendo a pessoa em algum momento ou sabermos valorizar a presença em detrimento da ausência.
Pode ocorrer também de termos a pessoa conosco, mas sentirmos falta de momentos que vivemos com ela sabendo que os mesmos jamais se repetirão. Confesso que talvez esse seja um dos temperos da vida e também uma de suas maiores lições a nós pobres mortais. A lição de que tudo passa e o relógio não volta para que você reveja, reviva ou resinta aquele momento específico, porque cada coisa na vida é única, indescritível e incopiável (nem existe essa palavra, viva a liberdade poética!), por tanto devemos aproveitar cada segundo, cada momento de felicidade ou de glória, porque por mais que haja outros, nenhum será igual.
Sentimos saudade de sentir uma emoção ou sentimento. Sei que precipitadamente alguns pensarão que fui redundante na primeira frase, mas não fui, é exatamente assim. Por exemplo, podemos ler um livro muito interessante que mexeu com nossas emoções, e posteriormente lê-lo várias vezes procurando sentir à mesma coisa que sentimos na primeira, e em vão faremos isso, apenas sentiremos saudades daquela emoção. Você se apaixona diversas vezes no decorrer de uma vida, mas em uma delas você terá atingido o auge do que você foi capaz de sentir, e viverá todas as outras vezes olhando pra trás desejando ardentemente ter a alma incendiada e o coração em brasa, como daquela vez, não digo que é impossível, apenas caso não tenha sido, a saudade daquela paixão irá te seguir por anos na melhor das hipóteses ou na pior até o fim da sua vida.
Pergunte há um idoso qual foi a sensação do primeiro beijo dado em sua juventude... Olhando nos olhos dele enquanto ele conta você provavelmente verá uma fagulha de saudade em seu semblante, mas você não saberá se é do beijo ou da juventude.
Não há um remédio para a saudade, a não ser a certeza de que vivemos de coração um momento, apreciamos a emoção sentida e valorizamos com dignidade as pessoas que são e nos foram caras. Vamos sentir saudade não por não ter aproveitado tanto quanto deveríamos ou podíamos, mas sim porque sabemos o quanto foi bom e gostoso ter tido o privilégio de viver intensamente, olhando a saudade como a prova de que o passado foi maravilhoso e de que um dia sentiremos saudade do presente por ele ter sido melhor ainda. Carpe Diem a todos vocês.

P.S.: Saudade de você meu amor. NEOQEAV!