30 janeiro 2011

Super Homem.

O Homem sem alma é um homem sem medo.
Pode se dizer que isso e verdade?
Acredito que sim.
A alma representa no individuo tudo aquilo que ele possui
Suas emoções, esperanças e medos.
Provavelmente não suas memórias.
Pois ninguém nunca se esquece daquilo que realmente é.
Mas um homem sem alma.
Se torna uma pessoa totalmente sem medo.
E isso no mundo moderno pode ser, como pode não ser, uma coisa boa.
Pode ser boa.
Por que nada o pode parar.
E pode não ser  boa.
Por que nada pode o parar também.
Num sentido metafórico isso pode ate existir.
Mas no sentido real existe sem sombra de duvida.
O que cabe a nos é indentifircarmos se essas pessoas fazem o bem, ou fazem o mal.
Mas pode ter certeza quais querem que sejam seus objetivos e muito difícil pará-los.
Pois nada os segura.
Talvez a falta de sentimentos torne a pessoa um pouco fria.
Mas o fato de ele ser fria não quer dizer que ela seja “oca”.
Pode apenas ser apenas um momento.
Ou uma situação que a fez se tornar assim.
Mas ela ser assim não quer dizer que ela não será a pessoa de antes.
Com algumas mudanças em sua vida ele pode voltar a confiar, gostar, e até mesmo amar, na mesma intensidade de antes.
Mas a questão é uma pessoa não tem isso de forma alguma.
A pessoa que com nada se importa
A pessoa sem “freios”
Pois só o fato das lembranças não o podem qualificar para fazer algo que valha a pena.
É preciso ter medos, esperanças e tudo aquilo que faz a vida valer alguma coisa.
Pois se você for sem “alma”
Você pode até conseguir seus objetivos
Mas com certeza não ira saborear a vitoria, como alguém que esteja “preenchido”.
Então fica no ar. É melhor conseguir tudo aquilo se quer?
Ou saborear aquilo que se conseguiu com a máxima intensidade ?

JP. Brasília. 2010.

100 livros em um ano: As Crônicas de Nárnia.

Eu já havia assistido o primeiro e o segundo filme da série, sem nunca ter me interessado em ler o livro. Mas há alguns dias atrás peguei-o emprestado com um amigo e desde então não o larguei um segundo, praticamente dormia e acordava com ele e em questão de poucos dias concluí a sua leitura.
O fantástico mundo de Nárnia me enfeitiçou durante alguns dias, aquelas 700 páginas eram como janelas que me levavam àquele mundo cheio de criaturas mitícas, animais falantes e aventuras. Faz uma certa alusão á alguns princípios cristãos e aborda valores que á muito são ignorados. Meio ambiente, guerras, honra e benevolência são alguns dos temas que fazem parte desse conto de fadas que vai encantar muitas gerações que estão por vir.

"Uma morte nobre é um tesouro que ninguém é pobre demais pra comprar."

26 janeiro 2011

Músicas que falam por mim: Canções de Rei.

Ouvir essa magnífica canção e não pensar em alguém é algo impossível, pois todo homem ou até mesmo mulher já se encontrou numa situação em que adoraria que o que ‘eu sou’ na realidade fosse o ‘Se eu fosse’ da música. Em quantos corações gostaríamos de poder ter ordenado a gostar do nosso? Quantas bocas adoraríamos ter proclamado como reinados nossos?  São tantas paixões vividas que eu não seria capaz de mencionar nem a metade de delas, então dedico essa canção a todas as pessoas que assim como eu são meros plebeus de suas paixões e não reis que mandam, ordenam e proclamam. Viva ao amor!

Compositor: Max Viana

Se eu fosse algum rei,
Fosse o teu Senhor
Eu proclamava a tua boca
Um reinado meu
O teu corpo nu, meu santuário

Se eu fosse algum rei,
Teu imperador
Eu ordenava teu coração a gostar do meu
Cada dia teu, meu calendário...

Se eu fosse algum rei,
Fosse o teu Senhor
Eu proclamava a tua boca
Um reinado meu
O teu corpo nu, meu santuário

Se eu fosse algum rei,
Teu imperador 
Eu ordenava teu coração a gostar do meu
Cada dia teu, meu calendário...

Inventava canções de rei,
Conquistava o teu amor,
Desobedeceria a lei,
Revelava quem eu sou
Te mostrava que só eu sei,
Onde tudo começou
Inventando canções de rei
Pra enfeitar o nosso amor...

Toten de boa sorte do Nepal.

Pense positivo.
Dê mais atenção às pessoas do que elas esperam e faça com alegria.
Decore o seu poema favorito.
Não acredite em tudo o que você ouve.
Gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto queira.
Quanto disser eu te amo, seja verdadeiro.
Quanto disser sinto muito, olhe as pessoas nos olhos.
Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.
Acredite em amor à primeira vista.
Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
Ame profundamente e com paixão.
Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
Em desentendimento, brigue de forma justa.
Não use palavrões.
Não julgue as pessoas pelos seus parentes.
Fale devagar, mas pense com rapidez.
Quando alguém lhe perguntar algo que não queira responder, sorria e pergunte: Por que você quer saber?
Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
Ligue para sua mãe.
Diga saúde quando alguém espirrar.
Quando você se der conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
Quando você perder, não perca a lição.
Lembre-se dos três Rs: Respeito por ti, respeito ao próximo e responsabilidade pelas ações.
Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver chamando ouvirá isso em sua voz.
Case com alguém que você goste de conversar, ao envelhecer suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
Passe mais tempo sozinho.
Abra seus braços para mudanças, mas não abra mão de seus valores: Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
Leia mais livros e assista menos TV.
Viva uma vida boa e honrada, assim, quando ficar mais velho e olhar para trás você poderá aproveitá-la mais uma vez.
Confie em Deus, mas tranque o carro.
Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante.
Faça o que puder para criar um lar tranqüilo e com harmonia.
Em desentendimento com entes queridos, evoque a situação atual, não fale do passado.
Leia o que está escrito nas entrelinhas.
Reparta o seu conhecimento, é uma forma de alcançar a imortalidade.
Seja gentil com o planeta.
Reze, há um poder incomensurável nisso.
Nunca interrompa quando estiver sendo elogiado.
Cuide da sua própria vida.
Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
Uma vez por ano vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros enquanto você for vivo, esta é a maior satisfação da riqueza.
Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele onde o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguí-lo.
Lembre-se de que o seu caráter é o seu destino.
Usufrua o amor e a culinária com abandono total.

Dalai Lama.

24 janeiro 2011

100 livros em um ano: O pequeno príncipe

Lembro que uma vez esse livro foi recomendado pela professora de português, confesso que o achei enfadonho... E depois de relê-lo alguns anos depois, admito que me envergonho de ter pensado dessa forma algum dia, acho quer a minha débil mente era pequena e o meu tão machucado coração era insensível demais, para não ter conseguido captar a mensagem maravilhosa que se apresenta nas páginas desse clássico da literatura mundial.
Esse livro incrível me tocou profundamente e acredito que depois que terminei de lê-lo, eu  jamais voltarei a ser o mesmo, porque suas lições me acompanharão e se solidificarão em minha alma e minha carne que com o passar dos anos se tornará algo que faz parte de mim sem que eu nem perceba. O diálogo do princípe com a raposa é uma das coisas mais espetaculares que minhas retinas já se pousaram. Caso um dia Deus me dê a graça e a honra de ser pai, eu juro que lerei isso para os meus filhos, para que um dia eles lembrem de mim e tentem me achar nele quando eu não mais estiver com eles. 
O li em questão de horas e humildemente recomendo a qualquer alma viva que queria ocupar seu precioso tempo com algo realmente bom e útil pra vida.

"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar."
"É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro sábio."
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

100 livros em um ano: A casa das sete mulheres.

Essa semana dei mais um passo nesse desafio árduo e ao mesmo tempo gostoso que me propus, o livro da vez foi a Casa das Sete Mulheres, que já foi adaptado pra uma mini-série. Gostei muito da forma que a autora Leticia Wierzkjhkjhlk (Tô com preguiça de pegar o livro e escrever o nome dela) contou essa Ilíada brasileira.
O cenário é o Rio Grande do Sul na época da Revolução Farroupilha, que durou dez anos encharcando o solo do pampa de sangue e batalhas que ceifaram milhares de vidas e sonhos.
Conta a história de sete mulheres que passaram a guerra inteira numa estância isolada, cada uma com seus anseios, desejos, aflições e amores. A narração e a descrição dessa epopéia nacional chega a ser tão surpreendente, que em alguns momentos eu me sentia dentro da história como se eu a tivesse vivido em outra vida. Quem quiser uma boa companhia, aconselho esse ótimo romance que é cheio de energia da primeira a última palavra. Um abraço a todos.

23 janeiro 2011

Ao Juan.

You And Me - S.O.J.A.

It's you and me
And it's always been
And how i feel about you,
Theres no end.

But you made me
Chase you around
And then you need me again
When you fall down.
And when this dance is done,
You and me are still
The only ones.
Yeah since time begun
And i'm still with you
Even when you're gone.

And when this dance is done,
You and me are still
The only ones.

Yeah since time begun
And i'm still with you
Even when you're gone.

So i start it, and you stop it
So i want it
Knowing that you're walking away.

It's e you and me and were
Back again...
Don't introduce me to all
Your "new friends", man..
Why do you make me
Chase you around?
Why do your words make me
Not make a sound...

And when this dance is done,
You and me are still
The only ones.

Yeah since time begun
And i'm still with you
Even when you're gone.
And when this dance is done,
You and me are still
The only ones.

Yeah since time begun
And i'm still with you
Even when you're gone.

So i start it, and you stop it
So i want it
Knowing that you're walking away

Sempre que penso em ti escuto essa música,
essa foi a forma que encontrei de te fazer
presente na ausência que nos acompanha.

Você, meu querido, é uma alma iluminada,
das poucas puras existentes nesse nosso
mundo desordenado. Estar com você
faz com que as areias do tempo corram
ao contrário, me fazendo voltar a uma época
mais feliz, uma época sem medos. Na realidade
o único medo ao estar ao seu lado
é o de sequer imaginar estar longe de ti.

Espero que tenha o melhor aniversário.

Abraço imaginário meu querido.

Da, sempre sua

B.

21 janeiro 2011

Divagação Monologa: Meus 20 anos de boy.

Duas décadas... 20 anos... 1/5 de século... 20 outonos, primaveras, verões, invernos e sei lá mais o quê. Caramba! Já passou mesmo isso tudo?! Não me lembro do dia em que nasci, mas minha querida mãe diz que foi numa madrugada no dia 22 de Janeiro de 1991, por volta das três da manhã, diz ela que passei do tempo de nascer, ou seja, meu período de gestação foi de aproximadamente dez meses, brinco muito com isso.
            Parece que foi ontem que eu era uma criança cega pela venda da inocência que nos acompanha por um tempo até descobrirmos e sentirmos coisas suficientes para que ela se vá sem dar tchau, fazendo com que vejamos o mundo como ele é. Confesso que sinto saudades dessa venda de inocência, que tornava o amargo e a dureza da realidade algo doce de se viver, ao ponto de não haver preocupações além de torcer, para que fizesse sol no outro dia, para que eu pudesse ir a rua brincar.
            Eu era um vulcão de pureza com uma personalidade em construção, eu seguia o meu caminho sem saber que o estava seguindo, porque cada dia vivido era um passo que eu dava rumo a um desconhecido que até hoje não cheguei. Cada dia era sucedido por descobertas que continuam a se suceder até hoje, não da mesma forma que antes, mas ainda ocorrem vez ou outra.
            Lembro-me com vividez do nervosismo que senti no segundo que antecedeu o meu primeiro beijo, da agonia que eu sentia quando sabia que iria ser punido por meus pais, da alegria que era receber R$ 0,50 e ir correndo comprar balas. Lembro-me com um sorriso da emoção incansável que era passar o dia jogando vídeo game, do meu primeiro dia de aula numa escola, das brincadeiras idiotas e das querelas infantis que eu me envolvia de vez em quando... Nossa que saudade da minha infância querida que os anos não trazem mais.
            E com o tempo você vai crescendo sem nem perceber, são mudanças tão paulatinas que você não entende o que o espelho vai te dizendo no passar dos anos, até que alguém de carne e osso um dia te olha e diz: “Nossa, como você cresceu! Como você mudou!”, e você acha até que é brincadeira. E realmente você começa a notar que agora consegue alcançar o armário da cozinha, que consegue apagar e acender as luzes sozinho e que consegue fazer mil e uma coisas que não conseguia antes. As moças começam a ficar mais vistosas, responsabilidades começam a surgir sem que você as tenha pedido e o colorido de antes vai ser tornando o preto, branco e cinza da maturidade, que vai chegando sem pedir licença seguindo em direção a um rumo certo pelos caminhos incertos da vida.
            Meus 20 anos de boy... Como diz Zé Ramalho em uma de suas belas músicas, agora sinto na pele e na alma o que é isso, não sei até onde Deus vai me permitir ir, mas seja o que for o agradeço de coração por tudo o que ele me deu até aqui, agradeço por cada dia, cada lição, descoberta, emoção, por cada pessoa que ele colocou em meu caminho. Não sei se estou fazendo o que vim pra fazer aqui, muitas pessoas acreditam nisso, mas eu acredito que vim pra ser feliz e proporcionar o máximo de felicidade e o mínimo de sofrimento ao máximo de pessoas que eu puder, caso isso não seja o certo peço que ele me desculpe, afinal sou humano, ou seja, erro, talvez depois me arrependa e continuo no erro como todo mundo.
            Nessas duas décadas chorei muito por vários motivos, sorri e gargalhei demais por tantos outros, amei pessoas que em momento algum mereçam o que meu coração podia oferecer a elas, como em contra partida amei outras pessoas que me retribuíram da melhor forma que podiam e sou eternamente grato a elas por isso. Também odiei ao ponto de meu coração doer, adquiri amigos de valor inestimável e espero ter sido um amigo a altura de todos eles, senti muitas emoções e em intensidades acima do que é considerado normal.
Sou imensamente feliz por não ter sucumbido diante as lágrimas de tristeza, por ter chorado de alegria algumas vezes, por ter sorrido de coisas idiotas e gargalhado sem ter motivo pra tanto... Sou indescritivelmente contente por cada suspiro depois de um dia cansativo, pelas incontáveis paisagens que se apresentaram as minhas retinas, pelos acordes e canções que enfeitiçaram meus ouvidos, por cada gosto que meu paladar teve o prazer de sentir, por cada textura que minhas mãos tatearam, pelos diversos aromas que foram degustados pelo meu olfato e por todos os momentos que o vento acariciou minha face.
Me de descobri de muitas formas em todos esses anos, me descobri músico, poeta, psicólogo, conquistador barato e romântico inveterado, espero me surpreender e amar as outras descobertas que hão de se apresentar com o rolar do rio da vida que deságua num mar infinito e intrigante. Os anos foram generosos comigo, mas tenho certeza que os melhores serão os que estão por vir.
Sei que essa porra toda já ta cansando, mas agradeço mais uma vez por tudo que eu vivi e por tudo que ainda hei de viver. Feliz aniversário pra mim!!!

Dom Juan Ricthelly.

Pra quê?

Pra quê pensar? Se podem pensar por mim.
Pra quê comprar? Se posso roubar.
Pra quê se importar? Se posso simplesmente ignorar.
Pra quê lutar? Quando se entregar é mais fácil.
Pra quê falar? Quando posso me calar.
Pra quê plantar? Se tenho preguiça de colher.
Pra quê reclamar? Quando posso me acostumar.
Pra quê amar? Se posso me machucar e não ser correspondido.
Pra quê perdoar? Quando guardar magoa é mais cômodo.
Pra quê conversar? Se posso brigar.
Pra quê tentar entender? Quando posso julgar e condenar.
Pra quê ser eu mesmo? Quando posso seguir o padrão.
Pra quê sorrir? Se posso chorar.
Pra quê ser caloroso? Quando posso ser frio como um iceberg.
Pra quê ser benevolente? Quando a maldade é mais temida e ouvida.
Pra quê ir? Quando posso ficar parado vendo a vida passar.
Pra quê ser honesto? Se não o ser é mais lucrativo.
Pra quê fazer o que é certo? Quando o errado se tornou o correto.
Pra quê acordar? Se posso hibernar por dias inteiros.
Pra quê ser fiel? Quando posso trair.
Pra quê confiar? Se não confio nem mesmo em mim.
Pra quê? Pra quê isso? Pra quê aquilo? Pra quê?
Me respondam! Pra quê tantas coisas?
Pra quê tantas escolhas?

Dom Juan Ricthelly. Brazlândia-DF. 2011.

14 janeiro 2011

100 livros em um ano: Arte da Guerra.

Como o prometido estou seguindo com o desafio de ler 100 livros em um ano, e o primeiro livro dessa longa lista que ainda estou construindo foi esse clássico da literatura que foi livro de cabeceira de grandes homens da humanidade. A arte da guerra foi um livro escrito aproximadamente por volta de 500 A.C, mas suas sábias palavras parecem tão contemporâneas quanto as obras literarias mais atuais, acredito que uma pessoa que adote os princípios ministrados por Sun Tzu à 25 séculos, adequados ao seu estilo de vida só poderá seguir um caminho vitorioso. Aos meus amigos que tiverem interesse em ler eu indico dando garantia total que está grande obra literária acrescentará e muito a sua vida.

"Trate seus homens como seus filhos, e eles o seguirão aos vales mais escuros.Trate-os como filhos queridos, e eles o defenderão com o próprio corpo até a morte."


10 janeiro 2011

Ao pé da letra: Encher Linguiça.

Soneto de Separação.

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.


De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.


De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente


Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Vinicius de Moraes.

Desafio: 100 livros em um ano.

Há algum tempo eu tenho uma meta disfarçada de sonho, e resolvi tentar realizar esse ano. Estou me desafiando a ler 100 livros em um ano, não sei se no dia 31 de Dezembro vou ter conseguido alcançar essa marca, mas vou dar o melhor de mim pra conseguí-la.
Alguns podem me perguntar: Pra quê ler 100 livros em um ano? E eu respondo a essas pessoas: Se vocês foram capazes de me fazer essa pergunta, não serão capazes de entender as minhas razões. Mas mesmo assim vou tentar explicar, sinto que a cada livro a minha mente vai ter crescido nem que seja um pouco, e no final de tudo eu não vou ser mais o mesmo, porque vou estar maior do que eu estava quando comecei, e também pelo prazer que sinto ao ler.
Então a cada livro lido vou fazer uma postagem, quem tiver livros pra me indicar pode ter certeza que ficarei agradecido por você ter contribuido de alguma forma com o meu crescimento intelectual, mas lembrem que não quero so quantidade quero qualidade, porque os livros que eu for lendo vão fazer parte da minha biblioteca particular. Obrigado pela atenção e torçam por mim. Um grande abraço a todos.

09 janeiro 2011

Relógio de Bolso.


Você me deixou num momento em que precisei
Os meus olhos brilhavam e os seus estavam tão distantes
Que eu acreditava que eles já não existiam mais.

Quando se está sozinho os casais que passam parecem infinitamente felizes,
E eu tão infinitamente só e infeliz.
As casas antigas olhavam pra mim
E meu sorriso ficava cada vez mais horizontal.

Pouco a pouco eu ia me perguntando:
Pra quê?
Pra onde?
Quando?
Será?
Quem me dera...

O meu relógio de bolso oscilava constantemente
Entre minha mão e o meu bolso.
O tic tac zombava de mim.
E os ponteiros se perguntavam comigo:
Onde estava você que até agora não havia aparecido?

Eu olhava para todos os lados.
E imaginava você chegando de todos os cantos.
Me questionando se havia sido poesia, fantasia ou engano.

Dom Juan Ricthelly e Ríller Queiroz.
Taguatinga-TO. 2011.