06 outubro 2010

Não.

Não vou dizer que fico feliz com o que acontece,
Pois estaria mentindo.
Não vou falar que vou tentar entender,
Porque eu não quero.
Não vou dizer que vou torcer por eles,
Porque com certeza não irei.
Não vou mais fazer promessas,
Porque de acordo com o que ocorrer, talvez eu não queira cumpri-las
Mas infelizmente terei que cumprir.
Não vou deixar mais as emoções comandarem,
Porque a razão governará.
Não vou mais tolerar um ‘não’ com um sorriso,
Porque no lugar do sorriso surgirá outro não.
E não vou mais dizer: Eu te amo...
Porque não vale a pena.

Dom Juan Ricthelly, 2007.

P.S: Acho que esse talvez seja um dos poemas mais antigos que já escrevi, estava vasculhando cadernos antigos da época do ensino médio e o encontrei, estava no segundo ano quando o escrevi. Me recordo que vivia um momento complicado em minha vida, pois havia descoberto que a garota por quem eu era apaixonado estava interessada em um grande amigo meu, então fiquei muito puto e comecei a escrever coisas que estava sentindo no momento (uma delas esse poema), achei engraçado algumas delas, vou postar na integra pra vocês. Lá vai:

Essa ficou estranha.
“Quando nasci havia um coração batendo em meu peito esquerdo, com uma pulsação forte e imponente, mas a partir de hoje eu o retiro de mim e coloco em seu lugar uma rocha sólida e impenetrável como um diamante.”

Como eu tava egoísta, só porque levei um fora queria que o mundo se acabasse, que merda, ridículo da minha parte.
“Tomara que aumente o efeito estufa, derretam as calotas polares, suba o nível dos mares e caia um meteoro.”

Vou nem comentar essa.
“Fuck it all world.”

Na época tava em evidência o caso daquele sul coreano que fez exatamente isso na faculdade.
“Me perguntam se estou revoltado por tudo o que aconteceu, mas acho que não... Se estivesse realmente revoltado, eu levaria uma metralhadora para a escola, mataria 35 pessoas e me suicidaria logo em seguida, isso sim seria revolta... Só estou puto.”

Ainda bem que nós mudamos.

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