27 outubro 2010

Divagação Monologa: Convite.

Ás vezes fico pensando e observando quanta beleza há a nossa volta das mais diversas formas, e curioso é que parece que perdemos a sensibilidade para apreciar tudo isso voltando nossos olhares a coisas supérfluas demais para merecer tanta atenção.
Sei que posso parecer bobo e até louco por está fazendo essa reflexão, mas antes que você pense isso (se é que já não pensou) te faço um convite que não vai custar nada e que talvez até mude a sua forma de ver o mundo, não sei se somente eu vejo as coisas dessa forma, mas caso você veja ficarei feliz em não ser o único e caso comece a ver ficarei contente por ter sido responsável por alguma mudança em você, mesmo que ela seja mínima e imperceptível as outras pessoas.
Então te convido: a parar de dar tanta atenção a TV e de vez em quando ficar na janela observando como é lindo a chuva caindo em meio a trovões e relâmpagos; a fechar os olhos e respirar fundo quando aquela brisa suave bater em sua face; a admirar a beleza singular que há no luar e nas constelações, na aurora inicial do amanhecer e nos últimos instantes do crepúsculo que antecedem mais uma noite.
Peço a você que pare mais de ouvir tantas músicas com fone de ouvido ou em um tom alto demais, e comece a tentar ouvir: o canto dos mais diversos pássaros; a maravilha que é uma orquestra de cigarras numa alameda; o quanto é lindo o barulho da água caindo num pranto abundante de uma cachoeira e das ondas fazendo marolinhas na praia. Peço que você ouça com atenção o quanto é gostoso o som de uma boa gargalhada e o quanto é poderoso e revigorante os momentos de puro silêncio.
Tente não mais dar tanta atenção aos carros luxuosos que passam e aos prédios suntuosos que não param de construir. Tente olhar com um pouco mais de carinho o espetáculo que há: no vento balançando e levando as folhas das árvores; nos conjuntos de montanhas que se sucedem, na pintura que compõe a natureza com todas a suas cores e flores; na leveza das nuvens que passam; no vôo magistral de uma ave e no mistério por trás da bruma matinal.
Admire bobamente o azul do céu, o verde das matas, o branco das nuvens, o vermelho, o roxo, o amarelo e o rosa das rosas, o tom cristalino dos riachos e todas as cores que compõem esse caleidoscópio chamado mundo, ou melhor, planeta terra.
Logo te convido a abrir os olhos, os ouvidos e todos os outros sentidos a todas essas maravilhas que estão diante de nós todos os dias e que devido ao costume cotidiano desaprendemos a enxergar. Às vezes fico pensando na reação que um ser de outro planeta teria ao chegar aqui ao ver tudo isso que insensivelmente ignoramos, acho que ele ficaria bestificado ao ponto de parecer tolo, e é como esse ser hipotético que tento me sentir ao observar cada coisa todos os dias. Acredito que o problema das pessoas esteja no fato de desprezar a beleza que há na simplicidade de cada coisa que se apresenta, não parando nem pra ver os mínimos detalhes. Não seja cego, não seja surdo, use o tato, o paladar e o olfato, deguste ao máximo a maravilha que é a vida e o mais importante de tudo, não seja mudo se expresse. Espero que você tenha entendido o que eu quis dizer, e caso não tenha entendido peço que me perdoe.
“Carpe diem, carpe mundi, carpe bios.”

3 comentários:

  1. Fiquei maravilhada com a riqueza de detalhes minuciosos que vc apresentou no texto. Pude, por alguns instantes, me sentir vivendo essas coisas tão simples da vida e que tem uma significância grande quando paramos para percebê-las e admirá-las.

    Ótimo convite ;)

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  2. Foi de tirar o fôlego.
    E é como se eu me visse
    deslumbrada com cada um
    desses pequenos detalhes
    narrados. :]

    Hoje descobri porque teus textos são
    tão expressivos... escreverei um post,
    depois te mostro.

    Beijo

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  3. É muito bom saber a opinião de vocês. Muitíssimo obrigado.

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