27 junho 2011

Divagação Monologa.

Costumo fechar meus olhos quando estou só, me sento em algum lugar onde o vento possa me tocar com sua brisa que vem de longe.
Coloco alguma canção para tocar em meu rádio e me perco momentaneamente em épocas passadas que lamento não ter vivido, e fico a imaginar se daqui à muitos anos outro jovem neurótico como eu se lamentará por não ter vivido em minha época, sei lá... Duvido muito, mas tudo é possível.
Olho o céu e suas nuvens que vagam, se constituem e se desfazem numa jornada cíclica sem fim desde qualquer momento desde que o mundo é mundo. Me perco na imensidão celeste e me impressiono com o fato de nunca me acostumar a sua beleza colossal, e me sinto bem por isso, pois sei que no dia em que a vida e o mundo não me encantarem mais será porque eu terei me tornado um verdadeiro idiota cego pro que realmente importa. Pois é, podem me chamar de tolo por isso, mas fico boquiaberto com uma bela noite de luar, com o crepúsculo, com a aurora e as estrelas e me orgulho disso.
Fico em silêncio profundo olho pra tudo o que meus olhos conseguem alcançar e frustradamente tento ver além do que sou realmente capaz. Me canso desse olhar panorâmico e tento algo mais introspectivo, olho pra dentro de mim e me faço as mesmas perguntas que muitos fizeram antes de mim sobre a vida, o homem, o universo e tudo o mais. Começo com um filosófico “Que porra é essa?!”, depois migro pra um “O que diabos eu vim fazer aqui?”, e continuo com um “Qual o sentido disso tudo?” e fico com ódio de saber que sou incapaz de responder a qualquer uma dessas perguntas e tantas outras que me faço constantemente. Vejo que essas dúvidas são capazes de me enlouquecer e tento ocultá-las, mas não consigo pois é da minha natureza humana buscar respostas para o que não entendo e talvez jamais vá entender.
E enfim chego a uma conclusão de que a vida não é algo pra se compreender, pois ela é como uma brincadeira que nos diverte por um bom tempo sem que entendamos de fato do que estamos brincando, pois caso isso acontecesse,  a brincadeira perderia toda a graças que consiste justamente em não ser entendida como uma fórmula matemática, mas sim em ser vivida como um presente do Ser que nos fez, por algum motivo muito além das nossa compreensão.
P.S: Esse último parágrafo ficou meio filosófico, mas o foda é que hora ou outra me pego novamente me perguntando sem perceber: “Mas que porra é essa mesmo?”

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