21 março 2012

Divagação Monologa: Minha infância querida.

É estranha a sensação que toma conta de mim quando olho pra trás e me lembro de certas coisas que vivi. Estava agora a pouco a conversar com um amigo sobre como era a nossa infância... E de como a infância é hoje em dia.
Lembro com um grande carinho e com uma saudade dolorida, da minha infância querida que os anos não trazem mais.
Lembro que eu e os rapazes da minha época jogávamos biloca em qualquer lugar que tivessem três buracos alinhados no barro, e ‘Tazo’ na escola na hora do intervalo, soltávamos pipa ou ratinha, éramos zoados o ano inteiro por termos o nariz, a orelha, a boca, os dentes ou qualquer outra coisa que chamasse a atenção de nossos colegas zombeteiros. Saíamos na porrada para alguns meses depois nos tornarmos amigos, não havia rancor quanto a isso.
Lembro que tínhamos muito medo de beijar na boca das meninas embora não houvesse mais nada que quiséssemos tanto. Era uma época em que o beijo era tudo o que você mais queria de uma garota, porque você não sabia que havia algo melhor. A inocência ainda vendava nossos olhos e os nossos medos hoje nos parecem bobos.
Já hoje em dia as crianças crescem em frente ao computador e acabam se privando de coisas que são simples, mas ainda assim prazerosas. Tínhamos mais contato pessoal, porque o virtual não existia. Explorávamos o quarteirão de bicicleta e cada nova rua que desbravada era uma aventura para nós, caíamos da bicicleta para nos levantar em seguida, com alguns arranhões? Sim, porém felizes de estar vivendo o mundo.
Éramos mais protagonistas e menos espectadores, acordávamos cedo nos dias sem aula para ver desenho das 7:00 ás 12:30, pedíamos benção aos mais velhos, as meninas sonhavam em ser professoras e os meninos policiais.
Lembro que para termos acesso a pornografia tínhamos que roubar a revista de um tio ou irmão mais velho e vermos escondidos, se nos pegassem apanhávamos. Hoje um clique é única coisa que impede um garoto de ter acesso a isso. Lembro ainda que masturbação era coisa do capeta e dava pelos na mão.
Brincávamos também de pique esconde, pique-pega, bandeirinha, queimada, corte, caiu no poço, andoleta, adedonha, jogo da velha na calçada, lutinha... As meninas brincavam de casinha, elástico, pular corda, amarelinha e etc.
Hoje só posso dizer: Que saudades daquele tempo e que bom que o vivi. Fico feliz por ter feito parte da provável última geração que teve dessas coisas que os nossos filhos e netos não farão do que é.

2 comentários:

  1. ... iiiiih, então era um machinho e não sabia . Era a única época que eu não era fresca, porque eu brincava de tudo que me aparecia.

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