29 outubro 2010

Para tentar rir: Empregando o plural.

Um político, daqueles bem picaretas e caras de pau, sobe no palanque e começa o discurso:
— Meus cidadãos! Se eu for eleito, vou construir as escola!

Os eleitores ficam em silêncio, constrangidos com o mau português do candidato.
— Eu também vou construir as igreja, as creche...

O silêncio fica ainda mais constrangedor. Nessa hora, um assessor não agüenta mais, chama ele e sussurra no seu ouvido:
— Chefe... Emprega o plural que você ganha mais votos!

O político se empolga e responde:
— Deixa comigo!

E recomeça o discurso:
— Eu vou empregar o plural! A mãe do plural, o pai do plural, toda a família do plural, porque eles merece!

Postagem importada.

O moço aí de cima é M. C. I. S. um dos dois felizes ganhadores do prêmio da Mega Sena da Virada 2010. A princípio, ele teria pedido para não ser identificado, mas deixou-se fotografar ao lado de belas amigas, poucas horas após ter recebido o prêmio numa agência da Caixa Econômica Federal. A menina de blusa vermelha, afirmou que "já estava de olho nele fazia muito tempo e que sempre ficava na janela de seu apartamento, esperando ele passar para ir para o trabalho numa construção, pois sempre achou ele um gato..." Por essas e outras razões é que Platão teria dito para seus discípulos na Grécia Antiga: "Quem gosta de homem bonito é viado.. Mulher gosta é de dinheiro!" Clique sobre a foto para ampliá-la.

Mensagem aos loucos, irritados, nervosos...

Eu nao me importo se você lamber janelas,
jogar pedra em avião,
ou quiser bater prego com a testa,
mas lembre-se:
todos os sessenta segundos que voce gasta irritado,
perturbado,
nervoso ou fora do normal,
é um minuto de felicidade que nunca mais volta!

Por isso, a mensagem de hoje é:
A vida é curta,
quebre as regras,
perdoe rapidamente,
beije demoradamente,
ame verdadeiramente,
ria incontrolavelmente,
e nunca deixe de sorrir,
por mais estranho que seja o motivo.

A vida pode não ser a festa que esperávamos,
mas enquanto estamos aqui,
deveríamos dançar.


Autor desconhecido.

Diferenças notáveis.


Paradoxo.

Já vivi paixões de uma noite
E de muitos dias seguidos.
Emoções de uma intensidade incomum
E emoções repentinas como a garoa.

Conheci pessoas que me marcaram para sempre
E outras que foram tão repentinas como a brisa.
Briguei por futilidade e discuti por bobagem.
Me encantei inúmeras vezes pela simplicidade
E tantas outras pela complexidade das coisas.

Errei demais e acertei bastante por diversas razões
Quase sempre na defesa de ideologias e opiniões
Algumas vezes chorei por tolices e em outras tive um bom motivo.
Algumas vezes chorei sem razão,
Outras vezes chorei simplesmente por chorar
E em outras segurei o choro só pra parecer forte.
No entanto, sempre ri muito de idiotices e coisas sem sentido.

Já beijei intensamente e fui beijado na mesma intensidade.
Odiei como ninguém e amei como poucos se atreveram a amar.
Fiz loucuras, sandices, melindres e branduras...

Algumas vezes confesso que cheguei a ser tosco e imaturo
Em outras acredito que fui cortez da melhor forma que podia.
Fui onde não deveria ir e não estive onde precisava estar.
Muitas vezes fui impar e em outras fui o par.

Presencie auroras e crepúsculos...
Temporais... Calmarias... E o puro marasmo.
Escalei montanhas... Escrevi poemas...
Toquei canções... E pulei de penhascos na água.

Já me machuquei por dentro e também por fora.
Cheguei do nada e do nada fui embora.
Tive a sorte e também o azar.
Senti o gosto amargo de uma derrota
E o prazer orgástico da vitória.
Precisei sem ter e também tive sem precisar...

Dancei na chuva, dancei sozinho,
Dancei acompanhado e até não dancei.
Fui vítima da hipérbole, amigo da metáfora, da ironia...
E inimigo declarado do falso eufemismo.

Já senti o frio glacial da solidão
E o calor semi solar de uma boa companhia.
Algumas vezes falei o que não devia
E em outras calei o que não podia.

Aprendi muitas coisas e me esqueci de um bocado delas
Adquiri vícios e defeitos fúteis e inúteis
Mas também adquiri qualidades e virtudes muito úteis.
Logo, espero viver, sentir, aprender e conhecer muito mais

P.S: Então por essas e por outras só tenho a agradecer a Deus e a todos que contribuíram e me ajudaram a me construir como sou.

Dom Juan Ricthelly, Brazlâdia-DF, 2010.

27 outubro 2010

Divagação Monologa: Convite.

Ás vezes fico pensando e observando quanta beleza há a nossa volta das mais diversas formas, e curioso é que parece que perdemos a sensibilidade para apreciar tudo isso voltando nossos olhares a coisas supérfluas demais para merecer tanta atenção.
Sei que posso parecer bobo e até louco por está fazendo essa reflexão, mas antes que você pense isso (se é que já não pensou) te faço um convite que não vai custar nada e que talvez até mude a sua forma de ver o mundo, não sei se somente eu vejo as coisas dessa forma, mas caso você veja ficarei feliz em não ser o único e caso comece a ver ficarei contente por ter sido responsável por alguma mudança em você, mesmo que ela seja mínima e imperceptível as outras pessoas.
Então te convido: a parar de dar tanta atenção a TV e de vez em quando ficar na janela observando como é lindo a chuva caindo em meio a trovões e relâmpagos; a fechar os olhos e respirar fundo quando aquela brisa suave bater em sua face; a admirar a beleza singular que há no luar e nas constelações, na aurora inicial do amanhecer e nos últimos instantes do crepúsculo que antecedem mais uma noite.
Peço a você que pare mais de ouvir tantas músicas com fone de ouvido ou em um tom alto demais, e comece a tentar ouvir: o canto dos mais diversos pássaros; a maravilha que é uma orquestra de cigarras numa alameda; o quanto é lindo o barulho da água caindo num pranto abundante de uma cachoeira e das ondas fazendo marolinhas na praia. Peço que você ouça com atenção o quanto é gostoso o som de uma boa gargalhada e o quanto é poderoso e revigorante os momentos de puro silêncio.
Tente não mais dar tanta atenção aos carros luxuosos que passam e aos prédios suntuosos que não param de construir. Tente olhar com um pouco mais de carinho o espetáculo que há: no vento balançando e levando as folhas das árvores; nos conjuntos de montanhas que se sucedem, na pintura que compõe a natureza com todas a suas cores e flores; na leveza das nuvens que passam; no vôo magistral de uma ave e no mistério por trás da bruma matinal.
Admire bobamente o azul do céu, o verde das matas, o branco das nuvens, o vermelho, o roxo, o amarelo e o rosa das rosas, o tom cristalino dos riachos e todas as cores que compõem esse caleidoscópio chamado mundo, ou melhor, planeta terra.
Logo te convido a abrir os olhos, os ouvidos e todos os outros sentidos a todas essas maravilhas que estão diante de nós todos os dias e que devido ao costume cotidiano desaprendemos a enxergar. Às vezes fico pensando na reação que um ser de outro planeta teria ao chegar aqui ao ver tudo isso que insensivelmente ignoramos, acho que ele ficaria bestificado ao ponto de parecer tolo, e é como esse ser hipotético que tento me sentir ao observar cada coisa todos os dias. Acredito que o problema das pessoas esteja no fato de desprezar a beleza que há na simplicidade de cada coisa que se apresenta, não parando nem pra ver os mínimos detalhes. Não seja cego, não seja surdo, use o tato, o paladar e o olfato, deguste ao máximo a maravilha que é a vida e o mais importante de tudo, não seja mudo se expresse. Espero que você tenha entendido o que eu quis dizer, e caso não tenha entendido peço que me perdoe.
“Carpe diem, carpe mundi, carpe bios.”

24 outubro 2010

My Bands: Ozzy Osbourne


Ao pé da letra: Queimando a rosca.


Solidão particular.

Mais uma vez o vinho será a minha companhia
Quando eu estiver sozinho em mais uma noite fria
Olhando as estrelas com o pensamento longe
E mais uma garrafa vazia.

Mais uma vez sentirei aquele gosto meio amargo
E ao mesmo tempo meio adocicado
Quando estiver abraçando meu travesseiro
Enquanto penso olhando o teto do meu quarto

Depois que tudo acaba o que resta são copos e garrafas
Noites de ilusão temporária e dias inteiros de ressaca
Que voltam, passam, voltam, passam e nunca acabam

Depois que tudo passa o que fica é pura solidão particular
Que consome coração, alma, suspiros e olhar
Durando anos inteiros sem prazo certo pra terminar

Dom Juan Ricthelly. 2010.

21 outubro 2010

MÚSICAS QUE FALAM POR MIM: QUANDO A DOR TE CORTA.

Diversas vezes na vida nos encontramos numa situação em que estamos de mãos atadas, pelo fato de alguém que gostamos muito estar passando por um problema ou uma mera dificuldade que aos nossos olhos é onerosa demais para alguém que gostamos tanto carregar sozinho, por gostar demais daquela pessoa acabamos por não entender que talvez ela tenha que passar por aquilo pra que ela cresça e se torne mais forte para enfrentar com resistência e dignidade o que vier pela frente.
Nossos sentimentos acabam nos cegando, e tudo o que queremos fazer é acabar com aquela dor que alguém tão querido está sentindo, o problema pode até não ser nosso, mas nos afeta numa proporção bem maior do que afetaria caso fosse, digo que se pudessemos arrancariamos tudo dela e colocariamos em nossos próprios corações pra não ver uma única lágrima ou suspiro de agonia sair daquele corpo, mas a realidade infelizmente acaba sendo maior e mais sólida que nossos anceios solidários e benevolentes, logo não há muita coisa a se fazer, a não ser ficar lá ao lado da pessoa mesmo que seja sem dizer uma única palavra, esperando que a tempestade passe, para vê-la sorrir novamente.
Dedico essa postagem a todas aquelas pessoas que em algum momento de suas vidas se sentiram impotentes por ver alguém sofrer sem nada porder fazer, e dedico especialmente a duas pessoas que eu gostaria que tivessem a certeza de que vou esperar junto com elas a tempestada passar, o tempo que for necessário. Isso tudo foi exclusivamente pra vocês Bianca e Kelly. Beijo e abraço.

Composição: Leoni.
Não tenho nada a dizer
Eu fico mudo quando a dor te corta
Seu corpo exige atenção
E nessas horas nada mais importa

Nem oração, nem poemas
Nem música, nem televisão
Nem sentir raiva, nem pena
Não adianta fugir, nem segurar sua mão

Vou esperar do seu lado
A tempestade passar
Vou esperar do seu lado
Porque eu só posso esperar

Queria fazer milagres
Te dar alívio pondo a mão no seu peito
Limpar o céu dessas nuvens
E te entregar um dia perfeito

Mas vem a dor feito enchente
Levando o sol, te carregando pro escuro
Levando preces, milagres
E agora eu morro de pressa de chegar ao futuro

Vou esperar do seu lado
A tempestade passar
Vou esperar do seu lado
Porque eu só posso esperar

De que adianta você saber o quanto eu sinto
Minha dor vai ser mais problema que solução
Por fora eu disfarço o quanto eu ando aflito
De só ter pra ter dar meu tempo
E minha inútil compaixão

Vou esperar do seu lado
A tempestade passar
Vou esperar do seu lado
Porque eu só posso esperar

18 outubro 2010

Divagação Monologa

Agora continuo acordando cedo todas as manhãs. Me arrumo como sempre fazia á algumas semanas atrás e caminho aproximadamente um quilometro a pé pela manhã fria e cinzenta sentindo aquela brisa gélida em minha face enquanto os carros vão e vem a minha volta.
Olho o horizonte e ás vezes passam ônibus ao meu lado e quando olho o número da linha bate aquela nostalgia cruciante, pois eram linhas que eu costumava pegar todos os dias nos últimos dois anos.
Lembro de todas aquelas pessoas que se não gostei a priori aprendi a gostar a posteriori, e daquelas que eu com certeza assustei no primeiro dia com o meu jeito exótico de ser e também das que fui conquistando com uma atitude ou outra no dia a dia.
Passam flash backs em minha mente com todos aqueles momentos comuns, inusitados e divertidos que fui vivendo e sinto uma saudade imensurável de cada um deles, olho pro céu, observo as folhas balançarem e voarem e dou um sorriso escondido como se estivesse vivendo tudo de novo.
Parece que se passaram anos e então lembro deles... Lembro dela, do seu olhar, seu sorriso, seu perfume... E repentinamente me dá uma vontade de largar tudo, entrar no primeiro ônibus e ir lá onde todos estão e onde eu sempre havia estado. Mas com uma dificuldade indescritível me retraio e continuo seguindo em frente, arquitetando e torcendo pra que tudo que está sendo planejado por mim no momento dê certo para que eu posso voltar em breve, porque ta difícil suportar isso tudo.

16 outubro 2010

As sem-razões do amor.

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade.

Geração de gerações.

Faz um tempo que havia escrito este, lembro que estava dentro do ônibus quando entrou um velhinho e comecei a pensar sobre os idosos, e refleti que eles foram uma geração de pessoas que deram a sua contribuição para o nosso país, uma geração filha de gerações anteriores a deles, que também contribuíram de alguma forma e vi que eu também fazia parte de uma geração que um dia estaria no lugar daquela que eu observava silenciosamente e que isso tudo é ciclo que vem de milênios e que se Deus quiser continuará por outros milênios, espero que com isso entendam um pouco do que eu quis dizer.

Gerações vieram...
Gerações se foram...
Gerações virão...

E todas elas são o passado,
O presente e o futuro
De toda uma nação.

Gerações com seus problemas, teoremas e esquemas.
Suas vitórias, glórias e derrotas.
Suas canções, paixões e emoções.

E é claro com alguns casos sem solução
Esperando a solução da próxima geração.

Gerações vieram...
Gerações se foram...
Gerações virão...

Cada uma com sua contribuição.
Cada uma com suas confusões.
E cada uma com alguma solução.

Gerações de pais, avós e bisavós.
Gerações de filhos, netos e bisnetos.
Gerações geradas de gerações,
Que gerarão outras gerações
Que por sua vez gerarão outras
Num ciclo constante, contínuo e perpétuo.

Gerações vieram...
Gerações se foram...
Gerações virão...
... E gerações se vão...

Dom Juan Ricthelly, Brasília, 2010.

12 outubro 2010

Divagação Monologa: Eu te amo.

Eu te amo... Não entendo porque as pessoas se importam tanto em ouvir essa frase de outra pessoa. São só palavras. Já conversei com algumas pessoas que se sentiam chateadas, desvalorizadas, mal amadas e incompreendidas por nunca terem ouvido isso de alguém que amam muito. Confesso que eu mesmo já fui uma dessas pessoas, mas com o tempo aprendi que palavras podem ser ditas até mesmo a uma árvore e que dizer ‘eu te amo’ a uma pessoa não é nem longe uma prova de amor verdadeira.
Acredito que as ações são mais importantes que as palavras, a música ‘More than Words’ fala muito bem sobre isso. Eu moro com a minha avó há uns dez anos e me sentia frustrado por nunca ter ouvido tal frase dela, até hoje não ouvi, no entanto vejo que isso não é o que realmente importa, pois ela pode nunca ter dito, mas as ações dela em todos esses anos falam por si só, a mulher cuidou de mim, me criou, lava as minhas roupas, faz a minha comida, se preocupa quando demoro a chegar, nota quando estou com algum problema sem mesmo que eu fale e mais um centena de coisas... Se isso tudo não for amor, eu sinceramente não sei o que é.
O amor é muito mais do que palavras o amor é ação, é exatamente o que li num livro, “o amor é o que o amor faz”, é um abraço, um beijo, um carinho, companhia, preocupação, sacrifício...
Não estou dizendo pra parar de dizer ‘eu te amo’ quando tiver vontade, só estou dizendo pra parar de dar tanta importância a isso e começar a reparar e analisar as atitudes da pessoa em relação a você. Tenho certeza que isso será mais sinceramente esclarecedor do que você chegar à pessoa e perguntar: “Você me ama?” E ela responder: “Amo.”
Logo entenda que as ações falam por si, entenda que até um papagaio pode dizer que te ama se for treinado pra isso, mas que quem ama demonstra mais do que fala. Se você for mais sensível a uma frase de três palavras do que a ações verdadeiras, te digo que você vai se foder muito na sua vida, porque palavras o vento pode levar, mas são as atitudes deixam marcas.

Frase.

"A mulher ausente é a mais presente na imaginação de um homem."

Uma imagem vale mais que mil palavras.

O amor está em toda parte, me arrisco a dizer que ele é onipresente e que nós é que somos estúpidos em não o enchergá-lo nas formas mais simples que ele se apresenta a nós. Não consigo nem descrever tal imagem, pois ela por si só é indescritível. Só gostaria de saber onde fica isso, pra poder ir lá algum dia.

11 outubro 2010

Trechos de filmes.

Se quer saber, nunca é tarde de mais, ou cedo de mais, pra ser quem você quiser ser.
Não há limite de tempo, comece quando você quiser.
Você pode mudar, ou ficar como esta. Não há regras pra este tipo de coisa.
Podemos encarar a vida de forma positiva ou negativa. Espero que encare de forma positiva.
Espero que veja coisas que surpreendam você.
Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes.
Espero que conheça pessoas como um ponto de vista diferente.
Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe.
E se você descobrir que não tem, espero que tenha forças para consegui começar novamente.
-Benjamin Button-

MÚSICAS QUE FALAM POR MIM: DEPOIS DO FIM.

Quem me conhece sabe nunca fui um cara de grandes relacionamentos afetivos, mas mesmo assim acho interessante a maneira que essa música aborda o tema separação que é algo intrinsecamente ligada aos relacionamentos que infelizmente fracassam, já começa pelo nome que é bem sugestivo “Depois do Fim”.
A princípio tudo é lindo e parece que vai ser pra sempre, a paixão inicial faz os corações arderem numa intesidade que faz você pensar que ele vai se desintegrar em cinzas a qualquer momento, é um fogo agoniante e ao mesmo tempo gostoso de sentir, no fundo todos querem senti-lo para sempre, mas sabemos que a realidade é bem diferente do que todos planejam e sentem a priori, o tempo vai passando e o encanto vai dando lugar a problemas cada vez mais irritantes, até as coisas chegarem ao ponto de haver a necessidade de ter um fim, e quando as duas partes não saem arrasadas disso tudo, no minímo uma sai. Essa música fala exatamente disso, parece que o mundo acabou, que as forças foram embora e você não faz idéia de por onde recomeçar.

Composição: Leoni/Boni Borja

Mas como eu começo depois do fim
O som da porta batendo atrás de mim
Minha vida se parte em pedacinhos pequenos
O que restou, o que dizer, prá quem ligar, aonde ir?

O vazio total e a urgência de recomeçar
Em que casa, em que rua, em que mundo eu vou morar?
Onde eu vou entre o fim do trabalho e o começo do sono?
Prá te esquecer me entrego pra qualquer bobagem na TV

E eu rezo pra dormir
Mas Deus não quer me ouvir
Eu tento resistir
Enquanto a noite e o céu desabam sobre mim

Sobra espaço no armário e agora aqui
O vazio na alma, na cama e ao redor de mim
Caio em prantos na rua e nem ligo,
Me acostumei com vexames
Volta pra mim, me mostra onde eu errei e te perdi

E eu rezo pra dormir
Mas Deus não quer me ouvir
Eu tento resistir
Enquanto a noite e o céu desabam sobre mim

Crônica: Depois do jantar.

Autor: Carlos Drummond de Andrade

Também, que idéia a sua: andar a pé, margeando a Lagoa Rodrigo de Freitas, depois do jantar.
O vulto caminhava em sua direção, chegou bem perto, estacou à sua frente. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.
— Não tenho trocado. Mas tenho cigarros. Quer um?
— Não fumo, respondeu o outro.
Então ele queria é saber as horas. Levantou o antebraço esquerdo, consultou o relógio:
— 9 e 17... 9 e 20, talvez. Andaram mexendo nele lá em casa.
— Não estou querendo saber quantas horas são. Prefiro o relógio.
— Como?
— Já disse. Vai passando o relógio.
— Mas...
— Quer que eu mesmo tire? Pode machucar.
— Não. Eu tiro sozinho. Quer dizer... Estou meio sem jeito. Essa fivelinha enguiça quando menos se espera. Por favor, me ajude.
O outro ajudou, a pulseira não era mesmo fácil de desatar. Afinal, o relógio mudou de dono.
— Agora posso continuar?
— Continuar o quê?
— O passeio. Eu estava passeando, não viu?
— Vi, sim. Espera um pouco.
— Esperar o quê?
— Passa a carteira.
— Mas...
— Quer que eu também ajude a tirar? Você não faz nada sozinho, nessa idade?
— Não é isso. Eu pensava que o relógio fosse bastante. Não é um relógio qualquer, veja bem. Coisa fina. Ainda não acabei de pagar...
— E eu com isso? Então vou deixar o serviço pela metade?
— Bom, eu tiro a carteira. Mas vamos fazer um trato.
— Diga.
— Tou com dois mil cruzeiros. Lhe dou mil e fico com mil.
— Engraçadinho, hem? Desde quando o assaltante reparte com o assaltado o produto do assalto?
— Mas você não se identificou como assaltante. Como é que eu podia saber?
— É que eu não gosto de assustar. Sou contra isso de encostar o metal na testa do cara. Sou civilizado, manja?
— Por isso mesmo que é civilizado, você podia rachar comigo o dinheiro. Ele me faz falta, palavra de honra.
— Pera aí. Se você acha que é preciso mostrar revólver, eu mostro.
— Não precisa, não precisa.
— Essa de rachar o legume... Pensa um pouco, amizade. Você está querendo me assaltar, e diz isso com a maior cara-de-pau.
— Eu, assaltar?! Se o dinheiro é meu, então estou assaltando a mim mesmo.
— Calma. Não baralha mais as coisas. Sou eu o assaltante, não sou?
— Claro.
— Você, o assaltado. Certo?
— Confere.
— Então deixa de poesia e passa pra cá os dois mil. Se é que são só dois mil.
— Acha que eu minto? Olha aqui as quatro notas de quinhentos. Veja se tem mais dinheiro na carteira. Se achar uma nota de 10, de cinco cruzeiros, de um, tudo é seu. Quando eu confundi você com um, mendigo (desculpe, não reparei bem) e disse que não tinha trocado, é porque não tinha trocado mesmo.
— Tá bom, não se discute.
— Vamos, procure nos... Nos escaninhos.
— Sei lá o que é isso. Também não gosto de mexer nos guardados dos outros. Você me passa a carteira, ela fica sendo minha, aí eu mexo nela à vontade.
— Deixe ao menos tirar os documentos?
— Deixo. Pode até ficar com a carteira. Eu não coleciono. Mas rachar com você, isso de jeito nenhum. É contra as regras.
— Nem uma de quinhentos? Uma só.
— Nada. O mais que eu posso fazer é dar dinheiro pro ônibus. Mas nem isso você precisa. Pela pinta se vê que mora perto.
— Nem eu ia aceitar dinheiro de você.
— Orgulhoso, hem? Fique sabendo que tenho ajudado muita gente neste mundo. Bom, tudo legal. Até outra vez. Mas antes, uma lembrancinha.
Sacou da arma e deu-lhe um tiro no pé.

Texto extraído do livro "Os dias lindos", Livraria José Olympio Editora — Rio de Janeiro, 1977, pág. 54.

08 outubro 2010

Reflexão.

Não é preciso tentar se lembrar do que jamais se esqueceu.

Ao pé da letra: Chá de cadeira.


06 outubro 2010

Personalidades: Napoleão Bonaparte.

Dados:
Napoleão Bonaparte (Ajaccio, 15 de agosto de 1769 — Santa Helena, 5 de maio de 1821) foi o dirigente efetivo da França a partir de 1799 e, adotando o nome de Napoleão I, foi imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (20 de março a 22 de junho). Além disso, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental. Napoleão nomeou muitos membros da família Bonaparte para monarcas, mas eles, em geral, não sobreviveram à sua queda. Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que tentaram aplicar à política as ideias do movimento filosófico chamado Iluminismo. As diretrizes do governo napoleônico nos territórios francos foram fortemente influenciadas pela noção de democracia herdada da Grécia Antiga, com notória utilização de instrumentos de democracia direta, através dos quais a própria população, reunida em praças da capital, votava para a tomada de decisões públicas, sobretudo nas áreas de saúde, educação e previdência.

Minha opinião:
Napoleão foi um grande líder, de origens humildes que foi se destacando pouco a pouco no que fazia chegando finalmente ao poder, sendo um militar brilhante e um governante de atitudes iluminadas que deixaram o seu legado ao mundo, como por exemplo o Código Napoleônico. Uma curiosidade que pouca gente sabe é que quando ele era jovem, estudou bastante para um prova que tinha como prêmio aos aprovados uma viajem à Àsia, no entanto ele reprovou e ficou muito triste, só que o barco em que estavam os vencedores afundou em alto mar matando todos que estavam a bordo, logo a sua infelicidade foi um grande golpe de sorte, pois caso ele tivesse sido aprovado ninguém jamais teria ouvido falar dele. Ele só cometeu um erro que todos os estudiosos de história sabem que é fatal a qualquer general, teve o impeto infeliz de invadir a gelada Rússia.

Citações:
"Aquele que luta contra seu país, é uma criança que mataria a própria mãe".
"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
"O amor pela pátria é a primeira virtude do homem civilizado"
"A riqueza não está na posse de tesouros, mas no uso que deles se faz."
"Quem teme ser vencido está certo da derrota."
"Os homens, em geral, são apenas crianças grandes."
"Muitos daqueles que não querem ser oprimidos querem ser opressores."
"É melhor não ter nascido do que viver sem glória".
"Uma grande pessoa pode ser morta, mas nunca intimidada".
"Nunca interrompa seu inimigo quando ele está cometendo um erro".
"Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário." (Sobre o vinho).

Não.

Não vou dizer que fico feliz com o que acontece,
Pois estaria mentindo.
Não vou falar que vou tentar entender,
Porque eu não quero.
Não vou dizer que vou torcer por eles,
Porque com certeza não irei.
Não vou mais fazer promessas,
Porque de acordo com o que ocorrer, talvez eu não queira cumpri-las
Mas infelizmente terei que cumprir.
Não vou deixar mais as emoções comandarem,
Porque a razão governará.
Não vou mais tolerar um ‘não’ com um sorriso,
Porque no lugar do sorriso surgirá outro não.
E não vou mais dizer: Eu te amo...
Porque não vale a pena.

Dom Juan Ricthelly, 2007.

P.S: Acho que esse talvez seja um dos poemas mais antigos que já escrevi, estava vasculhando cadernos antigos da época do ensino médio e o encontrei, estava no segundo ano quando o escrevi. Me recordo que vivia um momento complicado em minha vida, pois havia descoberto que a garota por quem eu era apaixonado estava interessada em um grande amigo meu, então fiquei muito puto e comecei a escrever coisas que estava sentindo no momento (uma delas esse poema), achei engraçado algumas delas, vou postar na integra pra vocês. Lá vai:

Essa ficou estranha.
“Quando nasci havia um coração batendo em meu peito esquerdo, com uma pulsação forte e imponente, mas a partir de hoje eu o retiro de mim e coloco em seu lugar uma rocha sólida e impenetrável como um diamante.”

Como eu tava egoísta, só porque levei um fora queria que o mundo se acabasse, que merda, ridículo da minha parte.
“Tomara que aumente o efeito estufa, derretam as calotas polares, suba o nível dos mares e caia um meteoro.”

Vou nem comentar essa.
“Fuck it all world.”

Na época tava em evidência o caso daquele sul coreano que fez exatamente isso na faculdade.
“Me perguntam se estou revoltado por tudo o que aconteceu, mas acho que não... Se estivesse realmente revoltado, eu levaria uma metralhadora para a escola, mataria 35 pessoas e me suicidaria logo em seguida, isso sim seria revolta... Só estou puto.”

Ainda bem que nós mudamos.

03 outubro 2010

Divagação Monologa: Primeiro voto.

Hoje eu votei pela primeira vez. Sempre tive o sonho de poder votar, na ultima eleição isso não foi possível, pois eu tinha 15 anos. Mas hoje finalmente chegou o grande dia que estive esperando todos esses anos, fiquei frente a frente à urna e escutei aquele barulhinho.
Juro que a cada voto eu dava um sorriso, pensava em todos aqueles que tiveram que morrer de formas cruéis em todos esses anos de história, para que hoje eu pudesse fazer algo tão simples como votar, acho que o voto é a expressão máxima da cidadania, é quando o povo tem a oportunidade de influenciar no destino do país.
Muitas pessoas podem não gostar de votar e achar algo completamente desnecessário, respeito à opinião delas, mas acho que deveriam refletir sobre isso porque estão erradas.
Hoje eu me senti tão bem e tão leve depois de votar, por um momento me senti poderoso e realmente útil ao meu país. Todos os dias sinto um orgulho muito grande de ser brasileiro, mas parece que hoje esse sentimento de orgulho multiplicou, o sistema eleitoral brasileiro é tão bonito e eficiente, são as eleições mais rápidas e seguras do mundo, o Brasil inovou ao criar uma justiça eleitoral.
Acho que isso tudo é uma vitória de todos os brasileiros que lutaram desde tempos longínquos, foi algo difícil e árduo de se conquistar, mas por outro lado fico triste em ver um ótimo sistema eleitoral, sem que os eleitores tenham uma educação de qualidade para que possam votar com consciência, no entanto acredito que se o brasileiro foi criativo e inteligente para fazer algo tão admirado pelo mundo, acho que o brasileiro também é capaz de tornar esse país um lugar melhor para todos com soluções inovadoras como essa.
P.S.: No último debate presidencial teve algo que me emocionou muito, veio de um candidato que não votei (Plínio de Arruda Sampaio), apesar de achá-lo um bom candidato, achei muito bonito o que ele disse em suas considerações finais, foi uma mensagem que me animou bastante. Vou postar, porque acho que foi algo a altura do meu blog. Ele disse assim (ipsis verbis):
Primeiro eu queria agradecer: agradecer ao PSOL pelo apoio que tem me dado, agradecer aos meus auxiliares que vocês vêm aqui, foram de uma dedicação extraordinária, agradecer a Marieta, aos meus filhos, as minha noras e as minha netas e aos meus netos.
Hoje nesse minuto acaba uma guerra. Não! Acaba uma batalha, a guerra vai continuar, a guerra é destruir esse muro que separa você das suas aspirações, que separa você dos seus direitos.
Amanhã eu vou convocar vocês pra essa guerra e quero dizer a vocês, a maior alegria que eu tive nessa camapnha foi o apoio da juventude, talvez muita gente não entendeu o que eu falei aqui, muita gente não captou, a junventude captou, porque a juventude pensa no futuro. E eu tô falando pro futuro, não tô falando nem pro presente horrível que nos temos nem pro passado, eu tô falando e pedindo a vocês:
Jovens, pensem grande.
Não pensem pequeno.
Não acreditem no impossível.
O impossível torna-se possível, se você quiser.
Ele vira possível.
É preciso é coragem!
É preciso é tenacidade.
É preciso é força!
E é preciso não esconder a realidade.
Não ter medo dela.
É preciso falar as coisas como elas são.
Elas foram ditas aqui dessa maneira.
Assustou muita gente.
Não vocês.
Não os jovens
Olha, 60 anos de vida pública: Exílio, perda de cargo, perda de mandato ...mas compensou, se a juventude levar adiante o meu projeto.
VIVA O BRASIL!